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Observava a reação dos dois e Bhailin era a mais surpresa dali, claro, a máquina completa agia de forma impulsiva como um humano, nada de mais para os olhos de alguém que já lida com isso se tratando de acompanhantes de idosos quase todos os dias. A criatura metálica agia com desdem e não se abalava nem um pouco, na situação atual qualquer fraquejo poderia ser fatal para si. - Olá. - Responda seco, uma alfinetada apenas para a pergunta do mesmo.
A policial parecia estar pragmática de mais, perguntas óbvias sem apontar o verdadeiro culpado, esperava do fundo do coração que fosse Cody, queria tanto ter motivos para quebrar sua armadura na porrada. - Sim, não sei se foi pela água ou pelo ar, ou alguma coisa que distribuíram nas dependencias do hospital. Ou entendo podendo ser alguém que ainda esteja nos observando. - Não descartando a hipótese de haver outro e sua acusação indireta para com Cody ser em vão... Ele falava de mais para uma máquina, porém ele só dizia o básico. - Você é esdrúxulo de mais para uma máquina... Mas não é bem assim, existe uma chance de 4 em um milhão de alguém ter alguma complicação derivada da anestesia, é mais fácil você quebrar alguma costela por tossir forte do que morrer por sedativos como as de uma anestesia geral como todos receberam, após o despertar pode haver nauseas ou vomito e também deficit de atenção e memorização por alguns dias, mas isso é para pessoas sem nenhum quadro clinico de doenças e apesar da raridade, pode haver outros efeitos e se não aplicado o sedativo corretamente como: Queda forte de pressão arterial; convulsões; parada cardíaca e paralisia residual, que nada mais é do que uma dificuldade de respiração forte ou ofegante. E bem, isso pode acontecer com uma chance maior devido a alguns fatores externos e internos como: choque anafilático; obesidade; tabagismo; anafilaxis de algum alimento ou medicamento; alcoolismo; alguns medicamentos que afetam de mais o corpo; uso de entorpecentes e apneia do sono... Esses são as causas pós e pré uso de algumas anestesias, no máximo, sedativos fortes não farão a pessoa dormir como ocorreu no hospital, mas sim deixar calmo e diminuir ansiedade devido ao sedativo ser um entorpecente forte sem afetar nenhuma função motora ou mental... Então creio que foi Anestesia Geral, pois usufruí de muito durante a cirurgia... - A Rainha avança três casas e impede o xeque de acontecer, agora você está impedido de andar, Rei Metálico. Bem, a explicação estava feita, não tinha muito o que fazer apenas observar após a máquina retirar seu capuz e vier toda esta explicação. Não cruzava os braços, muito menos escondia seu Eu interior, agia com uma naturalidade comum de um profissional do ramo. - Com este chifre você parece Moisés mal traduzido. - Apenas comentou deixando a duvida no ar do porque ter dito aquilo.
*Não havia cogitado aquilo, algo pela agua... Mas o sedativo iria dissolver e perder muita força indo por liquidos, sem contar que não era garantia que todos beberiam da mesma agua, alguns trazem, outros compram, é, ideia idiota, deve ser por isso que não pensou nela*
-I.A integrada, sou esdruxulo conforme minha programação segue, sem anomalias, já expliquei sobre mais cedo. *Então seguiu começando a mexer nas coisas da sala distraidamente, todo aquele papo pouco importava para Cody, então era como se toda a explicação de Renard fosse ignorada enquanto não houvesse o ponto importante e a cada quadro novo onde se via o androide, ele estava fazendo algo diferente como estar olhando debaixo de uma mesa, em cima de um armario, sentado na cadeira cutucando um abajur, estirado no chão deitado como se quisesse morrer com tanto bla bla bla, sacando uma fita metrica e tirando as medidas de Bhailin, puro alivio comico a la Deadpool e seus delirios aleatórios*
-Ta... Ok, mas e porque você e Bhailin não foram afetados pela tal anestesia geral e porque os demais foram se eles não entram em nenhum exemplo que você deu? Talvez alguns, não todos, e então? Mas sim, o culpado disso tudo já teve ter tido o que queria, somos os únicos acordados e estamos juntos por uma gama boa de tempo, o suficiente para alguém ter entrado e saído e ninguém ter visto, mas a pergunta fica, o que ele queria? Amostras do Pax-12 retiradas do sangue das vitimas que foram estocadas por cirurgia? Não tem como saber, apenas que sedar terceiros não é crime, então mesmo achando o culpado, como ninguém se feriu, todos estão bem então ele não seria presso, enfim... Oficial, vou aceitar a carona. *Comentou colocando de volta o capuz sem entender a referencia do Queenston, e provavelmente era melhor ter ficado sem entender mesmo*
Parecia que as duas coisas se enfrentavam indiretamente, e no final cada um desejava sua vitória, ótimo jogo para começar uma rivalidade, por isso soltou: - Sua programação está errada. - Queria ver até onde a máquina podia chegar e estaria pronto para ir até o inferno se precisar.
Existia uma explicação muito boa para o ocorrido, chegando a ser mirabolante a tal ponto que não poderia explicar preferiu usar termos técnicos e informações que não deixam de ser verdade, então depois de ouvir tudo aquilo da máquina sem expressar nenhuma indiferença e deixando seu lado profissional a mostra pode finalmente proferir. - Não é frequente, mas periodicamente uso alguns sedativos, não são tão fortes, o fato de ficar grogue e aparentemente vegetando já era o suficiente para diminuir meu estresse, e um desses que eu usava - alguns anos depois de formar nesta área - tinha um alto indicie de THC, o que impede o efeito de anestesias funcionarem, então, este uso que ainda faz-me diminuir ansiedade e estresse. Se ocorrer o mesmo com Bhailin, pode ser a chave para isso. - Olhou a moça na espera de uma resposta dela.
Bhailin prefere não opinar sobre as explicações médicas dadas por Renard. Ela nada sabe sobre o assunto, quanto menos pra julgar o que um médico diz como certo ou errado. Além disso, ela não tem motivos para desconfiar dele.
Cody também tem mostrado-se gentil e atencioso com os pacientes, mesmo com as discussões frequentes entre ele e a raposa. Parece que a todo tempo estão tentando a confundir, e é muito difícil acreditar que ele teria feito aquilo no hospital. Além disso, qual seria a finalidade de colocar todos para dormir?
Ela balança a cabeça quando o androide quer saber o porquê dela ter lhe perguntado o seu criador. Seria muita besteira achar que ele teria planejado fazer algo contra todos aqueles inocentes, mas teria que se manter de olho nele. A segurança de todos os cidadãos vem acima de tudo para a mulher.
— Deixa pra lá, não é importante. — Ela então vira-se para o doutor, após permanecer pensativa por algum tempo. — Doutor, não é possível. Isso deve ter sido obra de alguém de fora... Precisamos verificar a segurança de todos, e rápido. E, hum... Respondendo a pergunta, eu não uso sedativos pra dormir não, na verdade, sempre fui obrigada a me manter fisicamente saudável por conta da minha profissão. Acredito que nunca tive nenhum problema grave, nem tenha passado por cirurgias.
A oficial dá de ombros e dirige-se a uma das escadas, determinada. Precisaria verificar o hospital inteiro, principalmente se há algum intruso a mais ali. Antes, ela dá alguns cliques ágeis no tablet para virar-se.
— Vou verificar o resto do hospital. Por favor, fiquem de olho nesse andar e me avisem sobre qualquer sinal suspeito. — Ela instrui, por cima dos ombros. — Cody, pedi para um amigo arrumar uma carona pra você. Quando eu voltar te aviso se ele encontrou, certo? — Antes mesmo de receber uma resposta, ela começa a subir os degraus com certa pressa.
Enquanto a conversa se estende, alguns resmungos podem ser ouvidos da sala onde os três estavam há alguns minutos. Caso verifiquem, verão que se trata na verdade do garoto que ocupava a cadeira na frente do enorme painel de HUD, e foi jogado no chão por Renard. É um jovem jhayesiano de 20 e poucos anos provavelmente, e ele usa o uniforme do hospital. Ele permanece na posição que Bhailin havia o deixado ao ter o corpo expulso da cadeira, a mais confortável que a mulher encontrou.
O garoto abre seus olhos lentamente e os esfrega. A claridade emitida pelo painel de HUD o incomoda profundamente após tantas horas desacordado e, principalmente, por conta da genética de sua raça. Mesmo não enxergando nada, seu rosto já entrega que ele está mais confuso do que nunca, especialmente por sentir o chão duro e gelado abaixo de si, e não a cadeira confortável onde costuma trabalhar. O que significa que ele provavelmente não adormeceu durante o expediente mais uma vez.
— Argh... Que porra é essa? — Ele reclama, alto o suficiente para ser ouvido do lado de fora devido ao silêncio instalado no hospital.
Cody 01
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Assunto: Re: Pulsares - Renard Dom Fev 10, 2019 12:30 am
*Em outras palavras... Renard era um hipocondríaco que de tanto usar medicação acabou ficando imune a ela? Puts grilo, agora muita coisa estava fazendo sentido embora fosse meio foda ter um possivel viciado na ala médica... Os médicos nesse mundo são todos loucos? iria refletir sobre isso mais tarde, agora tinha outras prioridades*
-Hmmm, tudo bem. *Respondeu Bhailin não entendendo muito bem as ações dela, porém, tudo bem. Acenou positivamente para a ruiva que iria sair dali, mas o ruido de alguém despertando chamou a atenção, é, ao que tudo indicava já haviam perdido longas horas ali a ponto do pessoal agora descansado poder ir acordando pouco a pouco e isso era de certa forma bom*
-Bem, sendo o sedativo ou um efeito adverso do Pax-12, parece que temos uma prova viva de que tamanho mal não é mortal. *Se aproximou do jovem ali e o ajudou a levantar pouco a pouco e colocando de volta numa cadeira ou qualquer outra coisa confortável onde ele pudesse sentar, depois disso buscou orienta-lo um pouco*
-Calma meu jovem, você apenas ficou um tempo desacordado, agora estará seguro, eu sou o androide... Cody, aquela raposa é o doutor Renard e a moça bonita é a oficial Bhailin, e você? Qual seu nome? *Tentava não falar um monte de coisa de uma só vez, o guri tinha acabado de acordar e provavelmente ainda estava processando todas as informações lentamente até seu cerebro pegar no tranco*
Ele não ia embora? As indecisões dessa máquina poderiam ser um bug, ou tilt padrão de erro, precisava ser arrumada, destruida ou descartada, seria a melhor coisa, nada de mais para unidades como essa. Ouvia o som vindo da sala e se virou para olhar enquanto a máquina ia adentrando, apoiava na divisa para ver o que a coisa iria fazer, e deixando que ele acordasse o rapaz, respondia para ele, sabia dos efeitos da anestesia, e demoraria para que ele entendesse a situação. - Ewann... Seu nome é Ewann, esta é a sala de comunicações extraterrestre, tudo o que você precisar fora do planeta, conte com ele... - No final de sua frase finalmente começou a bocejar, os braços se levantaram para espreguiçar; a mão veio na cabeça para coçar, estranhava a situação por um instante, não compreendia onde havia se metido, então deu um passo para trás e escondeu-se da vista de todos, respirava ofegante e olhava para todos os lados enquanto permanecia escondido ali, precisava de uma resposta, por isso ficou em silêncio.
O jovem tenta erguer sua cabeça para conseguir olhar para os dois outros presentes na sala, mas seu corpo continua mole e sua condição o obriga a se deitar no chão novamente. Ele resmunga, mal conseguindo manter seus olhos abertos por muito tempo.
Aparentemente a anestesia continua surtindo um pouco de efeito sobre ele, que Renard pode facilmente identificar como um estado de alguém que acabou de acordar após uma cirurgia. O jhayesiano esfrega os olhos e boceja longamente, mas continua parecendo bastante sonolento.
— Tá, tá... Eu sei disso, tá me achando com cara de burro, irmão? — Ele diz com os olhos pesando ainda que se esforce para mantê-los abertos, já começando a enxergar melhor. — Mas que porra aconteceu aqui? Ei, você não é aquela raposa doidona que tava tentando tratar aquele treco azul? Já sei... Eu fui afetado com aquela merda, né? Era tudo mentira... Vocês devem ter me sequestrado e tão tentando me enganar, sempre me falaram pra não confiar em raposas... Nem em robôs. — A voz mole, o arrastar das palavras e o jeito devagar com a qual ele fala faz com que pareça que ele está sob o efeito de alguma droga, além de seu olhar perdido pela sala. — Minha cabeça dói, mas que merda é essa...?
*Ao ver aquele corpo simplesmente escorregando da cadeira e voltando para o chão, percebeu que talvez, só talvez, tinha usado anestesia demais naquele ar. Emitiu um ruido similar a um suspiro e seguiu até o garoto novamente e ao ouvir como ele levava apenas o pegou pela gola da camisa para faze-lo sentar*
-Escuta aqui o mequetrefe... *E meteu-lhe o tabefe na cara, mas não era um golpe devidamente forte e sim algo meio de "comédia" aplicado mais com a ponta dos dedos do que com o palmo em si*
-Ninguém iria perder tempo sequestrando um bundão como você, sacou? Ou seriamos burros de deixa-lo desamarrado, lindo leve e solto, sim, talvez você tenha sido afetado por aquele simbionte, é incerto ainda, o doutor ainda precisa fazer alguns exames. *Soltou ele o deixando cair e se levantou em seguida caminhando para sair dali*
-Estarei apenas esperando a oficial Bhailin me comunicar sobre a carona, irei levar algumas amostras do Pax-12 para analise laboratorial, você já colaborou bastante doutor Queenston, mas creio ser o fim da linha, é preciso encaminhar a substancia aos peritos, com licença. *Disse e se retirou dali para executar tudo o que havia dito já tendo meio que tudo pronto mesmo*
Enquanto analisava tudo o que desejava e informar-se do que havia ocorrido, a raposa despertou-se do seu devaneio inoportuno, as palavras da máquina tinham que ser brincadeira, não permitiria que ninguém saísse daquele hospital com cepas de PAX-12, nem por um decreto. Por impulso parava em frente a porta antes de Cody sair, sua mão ia a cima da cabeça no esquadro da porta, suas pernas se cruzavam fazendo um pé ficar sobre a ponta, a outra mão repousou sobre a própria cintura deixando essa sensualizando para o respectivo lado, um sorriso cativante preenchia seu rosto e a língua veio até os lábios para umedece-los. - Na-na-ni-na-não, Unidade... Primeiro você precisa de um comprovante de transferencia, depois do carimbo do supervisor, em seguida de um carimbo do outro hospital junto do pedido de transferencia, daí finaliza com minha aprovação... e se depender de mim, você sairá de mãos abanando. - A voz aveludada e andrógina se projetava com uma sensualidade repleta de malícia enquanto sua cauda balançava de seguindo a sensualidade de seu rosto como se rebolasse para a Cody. - Você está muito precipitado, eu não vou sair daqui até que tudo se normalize... Se quer resolver seus assuntos volte, estarei a sua espera. - Os dentes abriram num sorriso chamativo, parecia convida-lo para algo, mas só deixava escondido.
*Claro que não seria tão fácil e não era como se as amostras fossem legitimas, tudo o que tinha era algo misturado ao... Sangue! Verdade, tinham que conferir se o simbionte não recuou como aconteceu não apenas com Bhailin, mas também com o cara peladão que estava na mesa de Melroa antes de ser jogado no espaço por ser um cadaver... Ele era um cadaver, ne? Minha santa Ariete, o cara poderia estar vivo também! Enfim, pensou sobre isso e simulou um som de assobio, daqueles quando um cara ve uma mulher sensual e vai chamar a atenção*
-Olha só que delicinha de furry, pena que é macho, ai não me convence, talvez de luz apagada? Sua voz engana bem e dizem que se as bolas não encostarem não é um ato gay, a tag "No homo" também é muito importante, apesar de que eu não tenho bolas já que sou um robô não é mesmo? Mas deixando a tag "androide_raposa_hardcore_nohomo" de lado, nos esquecemos de ver as amostras do Pax-12, precisamos ver se o simbionte regrediu devolvendo ao sangue sua forma original, isso é muito importante para sua pesquisa doutor, talvez com isso descubramos o efeito zumbi da oficial Bhailin. *Como uma maquina, apesar do momento comico ele logo voltava aquela seriedade, um traço que já estava ficando costumeiro dando para entender mais ou menos como a I.A integrada de Cody havia sido programada. Ele então fez um sinal positivo com o polegar para Renard*
Suas tenras palavras acalentavam suas orelhas pontudas, a cauda ondulava com mais intensidade e seus movimentos eram mais lentos, lambeu os lábios ouvindo as palavras da máquina deixando o brilho úmido dos lábios visíveis. - É uma pena que você não identifica traços masculinos sem modificação, precisa aprender mais... - Olhou para o lado como se tentasse ignora-lo mas prosseguiu. - Você não foi feito para o ato, por isso, confirmo que fora criado para serviços sociais e não as máquinas que mataram alguns descuidados de tesão. Pena... Pena de mais! - Seu tom de voz decepcionado pesava em suas palavras. O problema [?] era que agora dava para palpar a maliciosidade em suas intenção. - Deixe seu número comigo, informo-o quando os resultados nos exames se sangue estiverem concluídos, e quiçá, mano até algo mais. - Piscou com o olho direito mantendo o sorriso no mesmo lado.
*Traços masculinos sem modificação? Não entendeu bem sobre aquilo e preferiu deixar para lá já que estava com pressa, fazia horas que tinha alugado uma nave e sem resposta de Bhailin apenas iria seguir com essa ai mesmo. Sobre as demais falas, ele não precisou pensar muito a respeito, afinal, a vantagem de ser uma maquina era aprender tudo instantaneamente, era só ter os recursos certos*
-Nada que um upgrade não resolve, não é mesmo? Essa é a vantagem de ser uma maquina, então bem, você está certo, aguardo informações e meu numero de contato? Está no tablet, arrivederci! *Aquele doutor era bizarro, realmente não queria encontrar ele uma outra vez, pelo menos seu numero era compartilhado com Heylel, assim sendo, qualquer coisa medonha seria dividida com o albino. Dito e feito, foice embora de vez daquele lugar indo buscar sua nave e então ir a um outro planeta seguindo os sinais de seu verdadeiro mestre*
O corpo do jovem permanece mole no chão observando o clima estranho estabelecido entre o androide e o Iomarshiano entre risos, como quem assiste a um filme de comédia bem estranho. Principalmente porque na cabeça dopada do funcionário, a cena deveria estar muito mais divertida.
Com a saída de Cody da sala, eles logo podem ouvir o som de passos descendo a escada rapidamente. Bhailin logo aparece e, apesar de não sorrir abertamente, parece bem mais aliviada, até mesmo mais animada. Ela traz novamente o tablet em suas mãos e parece digitar algo com rapidez, enquanto ainda desce as escadas.
Ela para quando chega no terceiro degrau, e olha para os dois dentro do alcance de sua visão. A mulher finalmente permite-se sorrir de canto com suavidade, e seus olhos brilham com esperança.
— Trago boas notícias, algumas pessoas já estão conscientes de novo. Passei em várias salas e a maior parte delas ainda parece meio perdida, mas isso é um bom sinal, certo? Tomara que todos fiquem bem. — Ela diz, alternando seu olhar entre os dois. Ele para em Cody por alguns instantes. — E Cody, consegui achar alguém pra te levar e ele já está aqui na rua do lado do hospital, mas esqueci de te perguntar novamente pra onde você vai... Devo estar ficando velha. — E ri brevemente, sem graça.
Deixou que o rapaz saísse sem que fosse empurrado, naquela situação suspirava vendo sair, não precisaria fazer mais nada, era menos um problema; já tendo o seu número não iria se preocupar com a presença deste.
A aparição da garota fazia-o olhar-la, apoiado no esquadro da porta o médico foi escorregando até sentar-se no chão. - Aquilo já foi embora, ele tinha mais nada coisas para fazer... - Sua voz estava cansada e completamente desanimado diferente de antes. - Bhailin, aproxime-se,tenho algo de suma importância a te contatar. - A expressão cansada ficou marcada nas nuances e seus olhos pareciam querer fechar mais uma vez.
A rapidez com que o robô deixa o hospital é tão impressionante que a mulher mal o viu passando por si. Ela ri brevemente quando percebe que não tinha notado a ausência de Cody, que nem mesmo se despediu. A ruiva então termina de descer as escadas e vai na direção de Renard para segui-lo.
— Nossa, ele estava mesmo com pressa... — Comenta. — Diga, doutor Queenston. Aliás, como estão as pessoas por aqui?
Ou estava querendo enganar-nos... - Comentou assim que ouvia as primeiras palavras dela, sua voz estava um pouco arrastada porém não pecava em nada. - Ele absorve informação com facilidade, sabe lidar com todo o tipo de público. O que preocupa-me é isso, sua modificação faz com que o mesmo transpareça uma essência humana, mas ele peca em quesito humanidade, e por isso... - Bateu com leveza no chão ao seu lado. - Sente-se aqui, o que eu quero te dizer não pode ser dito alto, as paredes tem ouvidos... - Não tinha nada pra expressar além do cansaço e mesmo que seu rosto não demonstrava isso suas palavras poderiam ser interpretadas com certa preocupação; ações naturais e habituais dos seres com Moral em perfeito estado.
— Hum... Então você acha que ele estava mentindo para nós? isso me parece estranho, doutor. — Ela franze o cenho, pensativa. — Por qual outro motivo ele viria ajudar com o tratamento dos feridos? Será que há algo por trás de toda aquela gentileza?
Ela então se lembra de todas as brigas entre o Iomarshiano e o androide. Do jeito que estavam se tratando a todo o tempo, sem a intervenção da mulher por não estar presente, provavelmente tiveram ainda mais conflitos. De qualquer maneira, lhe custa acreditar que um médico renomado dentro da aliança e que salvou tantas vidas possa ter sismado com o sintético em vão. A ruiva assente e senta-se próxima a Renard, aguardando para ouvir o que ele quer lhe dizer.
Por mais séria que ela fosse permanecia com a expressão arrastada, sua calma sonolenta pedia cama, mas, seu cansaço estava forte após o efeito passar. - Ele queria-me para um propósito maior, não sei qual, porém... para uma máquina, a Moral de ser para ser não existe. - Quando a garota se sentou suspirouné levou a mão e o rosto nanorelha alheia, sua boca mexia e não saia som
━ Um propósito maior...? ━ Questiona, mais para si mesma do que para o Iomarshiano.
Ela parece pensativa por alguns instantes. Quando as palavras lhe são suspiradas os olhos se arregalam, claramente chocada com as informações recebidas. Seus lábios entreabertos nada dizem a respeito do assunto, entretanto, com medo de ser ouvida por alguém que não deveria. Após algum tempo pensando e encarando um ponto qualquer na sala, ela suspira e volta-se para o doutor mais uma vez.
━ Caso isso aconteça e você corra perigo, basta me avisar, doutor. Não deixarei que mal algum aconteça a você ou a qualquer outra pessoa e, embora não deva guardar segredos... o seu está seguro comigo. Vou levar as informações que coletei com os pacientes aos meus superiores, já que todos parecem bem novamente. ━ Ela diz conforme se levanta, deixando que um sorriso sutil surja em seus lábios. ━ Obrigada por salvar tantas vidas, doutor Renard. Manterei contato, e... Bem, você realmente deveria descansar. ━ Comenta ao notar o estado exausto do Iomarshiano, conforme sai pela porta.
Uma semana após salvar centenas de pacientes, o nome de Renard Queenston vem sendo dito por todos os jornais e assim, o tornando conhecido por grande parte da galáxia. Indiscutivelmente, é considerado um herói por todos, dado a melhora rápida de seus pacientes. Já parecem todos curados e retornaram às suas casas alguns dias após o arriscado procedimento e sem mais complicações, mesmo após o evento que ocasionou que todos dormissem por horas.
Assim, a calmaria retornou ao hospital de uma vez por todas. O que não seria possível se um soldado estivesse passando o dia no shopping quando o mesmo foi atacado por mais uma bomba, e por pouco conseguiu evacuar todos os civis de forma que não houvessem baixas ou feridos. Com o medo constante da capital sofrer mais ataques, embora o hospital esteja com pouquíssimo movimento, o clima parece cada vez mais tenso.
Devido a seu trabalho intenso e efetivo e a baixa demanda de profissionais em plantão no momento, Renard recebeu alguns dias de folga para descansar. Apenas lhe foi pedido para que ele esteja disponível e atento às notícias, pois caso algo grave volte a ocorrer, ele obviamente seria necessário.
Nesse tempo, Renard recebe muitas mensagens, a maioria delas vinda da mídia convidando para participação em programas ou de pessoas agradecendo suas ações. Quando finalmente chega uma que foge dessa natureza, é uma nova convocação. E vinda de cima.
O prestígio que o Iormashiano poderia talvez até fazê-lo esquecer que é um médico que responde à Aliança, mas suas ações só aumentariam a demanda por ele. Quanto mais se dá, mais se é exigido.
Buck escreveu:
Fala aí, grande. Meu nome é Buck, e você deve ser o Renard. Cara, devo dizer que os rumores são verdadeiros - você é um gato. Piadas com possível teor racista a parte, preciso de assistência humanitária em Shinar. Dois soldados em meu comando promoveram uma grande operação por lá pra tentar finalmente tirar aquele lugar do poço. Um negão forte já está cuidando de algumas coisas, e ter um cara que está na mídia atuando vai ser bom pro marketing. Por isso preciso de você. É pra agora, beleza? Você tá listado aqui como membro da Aliança então eu como superior posso considerar qualquer pedido uma ordem. Ah, eu não sei qual o teu conhecimento médico já que ficou conhecido por uma só operação então vou anexar umas cenas de Grey's Anatomy aqui pra você ficar ligado em como nós fazíamos no planeta Terra antigamente. Deve te dar uma inspiração.
Renard Queenston
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Assunto: Re: Pulsares - Renard Ter Mar 12, 2019 9:09 pm
Um toque diferente de seu aparelho celular, não era uma das infinitas propostas de entrevistas, não iria se expor mais, não estava bem para tal, seu atual estado era deplorável, por isso escondia-se. Caminhou até o aparelho, ficou olhando-o por algumas dezenas de segundos e pegou-o. Mais uma missão, não bastava a anterior, precisou se controlar para surtar, mas bem, precisava aceitar? Poderia ser pior que a anterior, não queria se arriscar. Porém no silêncio do quarto um estalo, as mãos vieram até a cabeça e um gemido de dor, a raposa sofria e junto a isso sua mão desordenada se movia até o aparelho, como se soubesse como utilizar sem olhar o indicador digitava uma mensagem: "Pode contar comigo! ☆ ~". O corpo do médico caiu sem vida aparente, com isso voltava a se erguer calmo e tranquilo.
Assunto: Re: Pulsares - Renard 
Qui Fev 07, 2019 10:59 pm
