Um fórum de RPG interpretativo com tema futurista, livre para quem se interessar e que utiliza de um sistema simples para que qualquer jogador possa entender.
Assunto: Pulsares - Renard Ter Dez 18, 2018 8:36 pm
O silêncio retorna a rua vazia onde Renard permanece, ainda que possa ouvir ao longe a conversa de outras equipes de Oficiais. O céu, antes muito escuro, já começa a clarear e já parece prestes a dar início a mais um nascer do sol em Gradopolis. A raposa, agora sozinha com um cadáver quase em decomposição, começa a sentir pequenos pingos de água caírem em sua pele. Inicialmente, são poucos, mas depois a chuva se torna mais intensa e pesada. É como se a água lavasse a cidade das tantas tragédias recentes que ocorreram por ali.
Tendo descoberto todas as informações que a Aliança tem até agora sobre a curiosa substância azul, todos parecem contar com ele para dar um passo a mais. As meninas, que pediram para que a mulher fosse tratada e também toda a Aliança, ainda que não estivesse cobrando até o momento, espera que seja ele quem enfim encontre a tão estimada cura do líquido que afetou tantas pessoas e coloca milhares de vidas em risco.
Com o cadáver da Oficial Bhalin, o médico sabe que agora ele tem uma grande quantidade de ferramentas para enfim encontrar a cura. Porém, ele também sabe o quanto seu tempo é curto, e que os feridos não vão sobreviver por muito tempo por conta da expansão e de toda a letalidade da substância azulada.
Última edição por SIDA em Qua Dez 19, 2018 9:14 am, editado 1 vez(es)
Já não era mais preciso correr como os oficiais fizeram, precisava se tranquilizar, pensou um pouco e logo todo aquele sentimento ruim começou a se esvair até que finalmente pudesse ser o mesmo indiferente de sempre. Ouvindo uma gota espatifar-se no chão a raposa olhou na direção e olhou para cima logo em seguida, sua expressão não era uma das melhores mas, sabia que não podia ficar parado, então tratou de pegar o corpo e colocar no ombro porém verificou onde estava a mancha azul, não queria ser infectado por isso tão cedo, não tinha porque mostrar tudo já, precisava esperar o momento certo, e esse não era; Evitando entrar em contato com aquilo caminhou com calma. Sua expressão de cansaço não era uma das melhores que tinha para se mostrar mas era a única no momento. - Preciso de Glicose, num momento estou incapacitado de comer qualquer coisa, faça um esforcinho, será recompensada futuramente. - Dizia sozinho naquela rua praticamente deserta, seria mais difícil explicar para novos policiais que aquela mulher era uma deles e estava sendo levada a um hospital - seria melhor num necrotério -, pois bem, não tinha nada além de sua capacidade motora e a sorte de conseguir a glicose que precisava, então, a sorte não convinha a seu favor, piorou quando a chuva apertou e encharcou as ruas, alguns correndo, outros abrindo seus guarda-chuvas eletrônicos para impedir de serem molhados mas nenhuma alma caridosa para salvar seus pelos; suspirou uma enésima vez, precisava disso, poderia ser útil num futuro... Por isso caminhou por baixo das marquises com uma calma fora do comum na esperança de chegar ao hospital onde trabalha, e depois levar esse maldito corpo para os laboratórios, tinha que descobrir que desgraça era essa que matava.
SIDA Admin
Mensagens : 913 Data de inscrição : 29/07/2015
Database HP: (1/1) EP: (1/1) EXP: (1/1)
Assunto: Re: Pulsares - Renard Qua Dez 19, 2018 9:46 am
As ruas estão mais tranquilas, quem sabe pelo horário ou talvez pelo cansaço que agora cai sobre aqueles que presenciaram o terrível ataque. Entretanto, o caminho de Renard não é interrompido em momento algum. Ele não encontra-se mais com policiais, tendo deixado os subúrbios da cidade onde estavam vasculhando por acreditarem que as garotas pudessem estar escondidas por ali. E de fato estão, ou ao menos, estavam desde a última notícia que a raposa teve delas, o que já faz algum tempo.
As poucas pessoas que cruzam seu caminho são civis apenas, geralmente mais focados em fugir da chuva e não dão tanta atenção ao que vêem. Afinal, qual a probabilidade de encontrar uma raposa ciborgue com roupa de médico carregando um corpo por aí? Certamente devem estar ficando loucos.
Como já esperado, o hospital continua mais cheio de pessoas do que pode comportar. Além disso, nenhum dos poucos médicos em condições de atendê-las parece fazer alguma ideia de como realizar o tratamento e parar a expansão da substância azul, ainda que os afetados estejam na fila de maior prioridade.
A entrada de Renard é interceptada assim que ele põe os pés no hospital. Uma enfermeira para em sua frente, claramente desesperada. A mulher tem cabelos pretos e pele morena, e seu rosto transparece todo o cansaço da noite mais que estressante que este hospital teve. Ele a reconhece, seu nome é Melissa, e ela trabalha aqui há alguns anos. Ao notar a presença do cadáver, a mulher franze o cenho, parecendo mais confusa do que nunca.
— Desculpe, doutor, mas se me permite perguntar... De onde você tirou isso? — Ela questiona, apontando para o corpo sem vida enquanto encara o Iomarshiano.
Cada passo dado parecia ser o ultimo visto que toda a água escorria por seu corpo peludo, o tecido da roupa colava na sua pelagem avermelhada enquanto logo logo o cheiro de morrinha iria exalar de seu corpo se não usasse um xampu especial para seu padrão de raça. O estacionamento grande e descoberto não fazia o animal correr, sua calma no caminhar se matinha passando por toda a aguaceira que dispunha-se a cair e acompanhado disso sua expressão impaciente.
. .
Quando adentrou ao local a porta automática se veio aos lados e todos os olhares pairavam sobre si, claramente queria mandar todo mundo se foder mas se conteve mesmo que uma vozinha na sua cabeça dissesse para fazer; após olhar todos sem mover sua cabeça Melissa brotou em sua frente fazendo a raposa chegar levemente a cabeça para trás enquanto respigava em pleno hospital. Breves segundos em silêncio Renard havia ficado, não queria responder mas precisava. - Então... As garotas procuradas me encontraram de algum jeito... Me ameaçaram e pediam a cura da coisa azul, concordei temendo minha vida, pois não conseguiria desarma-las, então quando as autoridades estavam próximas elas fugiram, disse para onde elas foram, e pediram para que eu trouxesse a oficial aqui. - Bateu de leve no corpo da falecida. - Infelizmente ela está em óbito, a coisa azul está nela e precisamos de uma cura o quanto antes, só que... não temos o Paciente Zero para fazermos a pesquisa... Precisará ser ela.... Pelo menos.... Não faleceu em vão se eu conseguir a cura.... Todos precisam ser curados... - Findou com um pesar na voz que vinha seguido de uma esperança nítida - Por isso precisamos mobilizar uma equipe no momento certo... - O sorriso que havia se formado no rosto da raposa estava prestes a se desfazer, esperava uma má notícia vindo dela devido ao estado daquele lugar
A entrada da raposa encharcada no hospital faz com que um androide que incessantemente limpa o piso, tentando mantê-lo sempre impecável a mando dos próprios donos do local se dirija mais uma vez ao rastro de poças de água formadas por Renard, buscando minimizar o estrago feito em seu trabalho. Ainda assim, não reclama, e apenas posiciona-se atrás de onde o Iomarshiano está quando ele enfim acaba a limpeza, certamente esperando que ele saia para secar também a enorme poça que dessa vez forma-se abaixo de si.
Melissa suspira em alívio pelo que lhe foi revelado, mas ainda parece que algo a incomoda. Mexe em uma das mechas que se soltam na frente de seu cabelo escuro e muito bem preso, buscando arrumá-la. Certamente, as coisas não andam bem por aqui, e ela tenta achar um jeito de dar as más notícias ao superior.
— Fico feliz que o senhor esteja a salvo, doutor. Esse ataque foi terrível, e os autores devem ser pegos o mais rápido possível, se não nunca estaremos seguros, não é? Então... Muitas pessoas foram afetadas por essa coisa azul... — Ela aperta os lábios, dando uma pequena pausa. — Inclusive alguns funcionários do hospital, que estavam de folga como você, já que muitos foram liberados para ir ao festival. Mas eram mais do que poderíamos perder, senhor. Por sorte, nenhum está em óbito até o momento, mas não sabemos até quando eles sobreviverão. E além de termos poucos profissionais, temos pacientes demais. Sinto informar, doutor, mas com nossos recursos atuais, uma equipe pequena terá que ser designada à essa pesquisa. — A mulher finaliza, claramente apreensiva com a reação do médico. No momento, ela não gostaria de dar essa notícia a ninguém.
Nem mesmo um médico gosta de ouvir tais coisas, mas, com os noticiários como não usaram o fator principal para inibir a proliferação da coisa, precisava nomear, ja estava cansado disso. - Enfermeira, por favor, junte todos os medicos presentes, informe os faxineiros que precisamos de uma tenda fora deste hospital, e consiga o máximo de isqueiros possíveis ou qualquer coisa que emita fogo e nao seja prejudicial a pele, precisarmos evitar o sistema contra incêndio. Vamos nomear tal enfermidade de PAX-12 por hora. Depois pensamos na verdadeira cura, agora e hora de retardar o efeito com calor. E... - Suspirou - Caso falte algo, teremos que dar um jeito, não podemos deixar que piore, aínda não sabemos os efeitos disso em grandes tempos. Não precisa ter pressa, só nao demore, sim? Eu preciso deixar esse corpo confinado antes que afete os demais pela pultrefação. - Falava como se estivesse só eles ali, porém, quando ela cordasse ou fizesse o que pediu iria para o necrotério.
A enfermeira assente, mostrando que o recado foi compreendido. Ela já se prepara para ir, pensando em por onde poderia começar a por todos os pedidos do médico em prática. Provavelmente verificando a lista dos médicos de plantão e os informando sobre os planos, ela decide.
Depois, mandaria todos os androides responsáveis pela faxina montarem a tenda do lado de fora do hospital para enfim procurarem todos os isqueiros. Isso poderia demorar um pouco, provavelmente o bastante para que o médico possa fazer uma análise básica do cadáver da Oficial.
— Entendido. Vou tentar ser tão breve quanto possível e o avisarei quando tudo estiver pronto, não se preocupe, doutor. — A mulher logo sai andando, retornando ao computador onde poderia começar a por seus planos em prática.
Assim que Renard vai na direção do necrotério, o androide que esperava atrás de si agora volta a limpar o chão, buscando deixá-lo impecável mais uma vez. Os corredores do hospital por onde passa estão lotados, mas, conforme aproxima-se do seu destino, parecem cada vez mais vazios. Ainda assim, ao chegar lá, o local está mais agitado que o comum. Aparentemente, uma quantidade considerável de pessoas não resistiram ao PAX-12.
Se nao fizesse nada aquilo se tornaria um cemitério sem condições de lápides ou túmulos, a tristeza no rosto das pessoas faziam a raposa cogirar se devia se comover ou não, por mais que duvidasse do próprio contágio ainda sim fogo não seria a verdadeira cura, açōes intracelulares nao seriam retirada assim, amputação ainda era uma opção só que esse estado de calamidade e tempo já poderia ter ae alastrado na corrente sanguínea, foi então que a raposa parou. - Tente duplicar os anticorpos, ainda creio que estanos infectados.............. - Ficou em silesilê com a resposta recebida, porwm na visão de todoa a raposa Iomarshiana ficou parada e em silêncio após falar ao vento. Voltou a andar após fechar oa olho e suspirar.
Chegando a seu destino levou a mão até a maçaneta... Agora vinha o verdadeiro cemitério... E empurrou a porta sem adentrar a sala para contemplar o verdadeiro caos racial.
Quando a porta da sala é aberta, um cheiro forte de putrefação invade as narinas da raposa, ainda mais forte do que o normal. O local é enorme e tem paredes cinzas, quase como se acentuasse a morte que preenche o necrotério por completo. Ainda com a grande quantidade de macas espalhadas, algumas até um pouco desorganizadas por conta do caos que se instalou no hospital nas últimas 12 horas, a sala ainda assim parece um pouco vazia, e qualquer som emitido dentro dela cria um eco.
Conforme passa pelas macas, Renard pode ver corpos sem vida das mais variadas raças. Não é possível, entretanto, perceber a causa da morte da maior parte das pessoas apenas de olhar, mas o restante, tem queimaduras sérias ao longo do perímetro de seus corpos. No final dos corredores de macas, há algumas onde o médico poderia utilizar para colocar a oficial que carrega nos ombros.
Perto de onde ele está, há um aparelho que projeta um painel de HUD a sua frente. Nele, há o registro dos pacientes em óbito e a ficha de cada um deles.
Renard Queenston
Mensagens : 97 Data de inscrição : 20/11/2018
Database HP: (20/20) EP: (6/6) EXP: (1/1)
Assunto: Re: Pulsares - Renard Dom Dez 23, 2018 12:33 am
Não se surpreendia com o que via, esperando algo pior do que via, nada de novo aparente. Se virou para olhar o androide e lenralenta foi entrando e fechando a porta para impedir sua entrada, trancaria até a porta se estiver com chave so para nao ter encheção de saco com aquela coisa geavando tudo o que faz no HD, por isso estava melhor com ela fora.
Estando finalmente sozinho andou até a maca livre wnquanto apenas seus olhos pairava sobre cada coisa que passava, a falta de cores transmitia a falta de vida que tinha o lugar, mas isso era o de menos, se sentia mais calmo ali de alguma forma. Colocando o corpo sobre a maca, ajeitava seu corpo e ignorando tudo foi até a pia mais próxima e comecou a retirar sua roupa que já era prejudicial para si, precisaria tomar remedioa no dia seguinte, mas, por hora procurava alguma roupa e a única roupa a vista era um jaleco justo e... Como estava so ele ali nao tinha porque temer, apenas secar seus pelos e resolver tudo. Voltando para o cadaver da oficial, ela estava nua... Como nao havia percebido? Bem, colocou as luvas de borracha e começou vasculhar o corpo.
Enfim Renard está sozinho no necrotério, acompanhado apenas pelos cadáveres gerados pelo ataque recente. A oficial está completamente nua, e sua pele já está muito fria. O corpo está quase que completamente coberto pela substância apelidada de PAX-12 pelo médico. Aparentemente, ela apenas parou de se expandir uma vez que toda a vida que restava no corpo da mulher se esvaiu por completo.
Seu nome era Bhailin, como a oficial que encontrou a raposa mais cedo havia revelado, e tudo o que ele sabe sobre ela é que ela trabalhava como oficial em Gradopolis. Provavelmente o fazia na noite que foi assassinada também, e por isso se tornou um alvo. Numa análise vaga do corpo, a primeira coisa que nota é que aparentemente já não resta mais uma gota de líquido ali. Em um certo ponto de seu abdômen, porém, há um pequeno furo aonde a substância provavelmente foi injetada.
O mais curioso sobre este cadáver é que, mesmo que já tenham horas desde que ela morreu, sua pele continua alva ao invés de embranquecer-se.
Aquilo o que via nao fazia sentido, pelo menos superficialmente, o que esperar daquela coisa? Poderia ser uma espécie de simbionte, mas faltava acao rapida, as celulas daquilo não pareciam desenvolver com rapidez, porém, ainda tinha muito o que ver. Pegando um bisturi e colocando uma máscara operatória aproximou-se do corpo e iniciou a autópsia, começava entre a clavícula o corte e ia descendo até a bexiga, deoois cortaria circular entre as costelas para abrir melhor.
Subitamente, algo inesperado. No menor toque do bisturi com a pele da oficial, um pequeno filete escarlate escorre por sua pele: ela ainda sangra. Isso significa que seu coração bombeia sangue, e numa análise geral o médico pode notar que ela têm uma aparência bem melhor do que quando foi entregue ao doutor.
Como se não fosse suficiente, Bhailin geme e aperta os olhos em dor, aparentemente entrando em um estado de consciência. É possível ouvi-la balbuciar algo, aparentemente lúcida.
Antes que pudesse continuar o corte ouvia um som vindo do cadáver, para soete a não mais defunta nao chegou perfurar sua traquéia ou a faringe, parando imediatamente o sangue escorria, olhou seus espamos de dor focando seu rosto e sua voz indagar sobre si, o silêncio permaneceu vindo da raposa que desacreditou de seus olhos sem ao menos expressar algo; algo realmente era estranho, ela estava sem pulso e batimentos cardíacos, como podia estar viva agora? Os outros também voltariam? E não só isso, será que poderiam enlouquecer fazendo uma matança? Bem, por mais fantasiosa e digna de filmes sua ideia fosse não podia deixar escapar e por isso a mao livre se moveu para retirar a mascamá cirurgica. - Doutor Q. Você é...? - Não podia dizer o nome dela sem antes ter certeza de que realmente fosse a tal Bhalin, qualquer informação adicional vindo dela podia acusar ser efeito do nomeado PAX-12. Enquanto esperava a resposta o dedo mindinho apoiou na parte de trás do bisturi, se fosse atacado ja teria como se defender sem deixar a sua única arma em mãos cair, isso levando em consideração a aderência da luva cirúrgica.
A mulher parece não fazer a menor ideia do que está fazendo ali, e provavelmente não se lembra de nada desde o momento em que caiu desacordada ou seja lá o que for no balcão onde Cold a encontrou. Quem diria que uma mulher causaria tantos problemas sem nem ter morrido? Ela pisca forte os olhos várias vezes, tentando melhorar a visão embaçada depois de tanto tempo inconsciente. Ainda que a luz da sala não seja das melhores, tornando-o ainda mais soturno, ainda a incomoda. Conseguindo visualizar melhor, ela se assusta um pouco com a aparência da raposa, mas relaxa um pouco ao ver seu avental do hospital.
— E-eu sou a oficial Bhailin, membro da décima segunda divisão de segurança de Gradopolis. Tenho minhas credenciais... eu algum lugar.
Os olhos da mulher passeiam um pouco pela sala, agravando mais sua situação. Bhailin tenta erguer seu corpo, mas falha miseravelmente e é jogada contra a mesa novamente, fazendo com que ela gema de dor. Ela encara Renard com os olhos arregalados, assustada e confusa.
— O que está acontecendo? E aonde diabos está minha roupa?
Como se não fosse suficiente estar nua e sem memória em um necrotério, a visão de perto do doutor não é lá muito agradável. Renard pode perceber medo em seu olhar, mas é também visível que ela luta para esconder. Assim como o Iormashiano, ela parece alarmada para se defender caso esteja em perigo.
Parecia ser ela, mas ainda duvidava, se este simbionte fosse direito em seu cortex poderia estar agindo como ela pelas lembranças que a tal Bhalin tinha, sendo assim ainda deveria ficar atento. Depois do despespero escondido dela jogou o bisturi sobre a bandeja, o barulho poderia acalmar a oficial, afastando a mesa com rodas deixou até bem próximo de si quando sentou-se na cadeira. - Acalme-se, voce está no hospital nacional de Grandópolis... Então como está sem se mover a história é grande... - Apoiou os cotovelos sobre as coxas. - Quando a encontrei você estava sedos carregada por duas foragidas, elas ameaçaram-me e eu cedendo para nao ser morto, quando dois oficiais apareceram e elas fugiram, eu na trouxe para este hospital para fazer uma autópsia quando voce voltou a vida... - Se levantou para preparar os curativos. - Voce acordou e... Eu tinha certeza que você estava em obito, mas, retornou dos mortos e isso, bem, isso não deveria acontecer. - Se virou com um algodão com água oxigenada. - Como você retornou, creio que a coisa azul denominada PAX-12 fez você retornar e isso me preocupa, você precisa ficar em repouso, e precisa ser estudada... Vou limpar seu ferimento, deve doer, já advirto que vai doer... - Então levou o algodão no ferimento feito pelo bisturi.
SIDA Admin
Mensagens : 913 Data de inscrição : 29/07/2015
Database HP: (1/1) EP: (1/1) EXP: (1/1)
Assunto: Re: Pulsares - Renard Ter Dez 25, 2018 11:25 am
A garota ouve todo o relatório torcendo os lábios, aparentando estar realmente confusa. É impossível não sentir-se atordoado ao acordar nu em um necrotério em frente a uma raposa com dentes tão grandes. Estava acostumada com Iormashianos com aparência menos... feroz.
— Ahm... eu agraço o seu relatório e a sua ajuda, Doutor Q. Mas eu realmente não me lembro de nada que você está falando. E fora a dor de cabeça, eu me sinto bem. — Enquanto fala, desliza seus dedos por sua testa.
Enquanto isso, do lado de fora, a enfermeira contatada por Renard provavelmente já havia seguido suas ordens para montar um esquema improvisado para tratar dos outros afetados pela substância, ao mesmo tempo que estes talvez retornem ao morrer assim como a oficial acaba de fazer. A situação está cada vez mais estranha.
E era esse o problema, ela estava se sentindo bem de mais para ter acordado dos mortos, isso ficava estranho a cada momento. Após advertir levou o algodão em sua ferida após usar o bisturi, água oxigenada nao costuma causar tanta dor devido ao uso ser igual ao álcool, uma hora teria de parar e isso seria um dos fatores de sua indução, se ela não sentir dor é o simbionte, caso contrário seria o corpo agindo de forma externa a simbiose. - Muita coisa aconteceu após o atentado, por isso devemos ficar atentos. - O fato dela tocar a testa fora percebido, o corpo eatava voltando ao normal, o PAX-12 já devia estar se acostumando ao corpo, mas agora só precisava ver como o corpo iria reagir ao produto colocado nele. Por hora tinha isso para se preocupar, a ajuda poderia esperar um pouco.
A oficial uma vez mais cerra os olhos com o ardor causado pela reação com a substância que o doutor usa, mas como uma soldado acostumada com situações de primeiros-socorros, ela suporta. Já algum tempo depois de acordar, Bhailin sente-se apta a se erguer-se e sentar.
— Bem... doutor Q, não? Eu agradeço a sua ajuda e vou escrever uma ótima nota sobre você no seu relatório, mas se o que me disse é verdade, devem estar procurando por mim. Eu deveria retornar ao meu pelotão.
De fato a soldado nem parece que estava morta alguns minutos atrás. O brilho em seu olhar, a cor da sua pele, suas funções motoras... tudo está completamente certo, e ao menos externamente ela parece muito bem.
Ainda sentia como uma humana, não acreditava nos seus olhos, mas, como a oficial, nao expressava nada alem do normal. Precisando estudar nao tinha muito o que fazer se não mante-la ali. - Você não pode sair, precisa ser estudada, acha que pode ressucitar e sair como se nada tivesse ocorrido? Vamos com calma... - Estava calmo por mais rude que foram suas palavras, nao iria deixa-la sair, lutaria com ela se a cólera subisse a cabeça.
Claramente desagradada com a resposta, Bhailin ergue-se da cama com um semblante de desaprovação. Já de pé, ela se torna mais impositiva perante a insistência do doutor, claramente desconfortável na situação.
— Com todo o respeito, senhor, eu não pedi por tratamento. A situação já está bastante estranha e eu pretendo voltar agora, uma vez que você não pode manter uma autoridade militar aqui. — Dessa vez, seu tom é bem mais firme.
Sem mais a mesma empatia de antes, a soldado vira-se e vasculha a sala em busca de algum item para ao menos se cobrir. A sala não parece trancada então ela pretende apenas vestir-se e partir dali.
Ela nao colaborou, esperou por isso, então não respondeu, caminhou ate a mesa com o bisturi e bem silenciosamente pegou-o e escondeu atrás da mão enquanto ela estava de costas. - Você esta doente, infectada com algo sem sintonas, se bao deseja enlouquecer e assassinar seus confrades de conduta militar, aconselho que aguarde tratamento... Ou sofrera as consequências de tal enfermidade... Não a quero mal, muito menos presa aqui, por isso insisto que fique. - Sua voz nao era a mais complacente, mas tentava manter a calma.
Por mais que a oficial já esteja irritada e ansiosa para partir, algo na fala do Iormashiano a convence de que realmente deveria ficar. Provavelmente é seu senso interior de que, seja lá o que for a tal infecção que pegou, poderia atingir mais pessoas e sua presença determinaria se elas receberiam um tratamento ou não. De qualquer maneira ela se senta e coopera.
— Tudo bem, você tem razão. — Ela suspira, decepcionada por ter que ficar. — É que eu me sinto totalmente bem. O que você acha que aconteceu afinal?
Num painel de HUD localizado na parede, o horário é exibido. Renard não deixou de trabalhar a noite inteira e já está chegando no fim da tarde do dia seguinte ao ataque terrorista que originou tudo aquilo. De fato o doutor é um dos que mais está se esforçando pela Aliança no momento, por mais que não detenha os holofotes devido a seus implantes.
Seu coração peludo se acalmou quando Bhailin conpadeceu a cooperar, na altura do campeonato o melhor a se fazer era pedir apoio. - Agradeço sua cooperação. Agora, voce está sobre ninham observações... Antes de tudo, preciso de um amostra de sangue, vou fazer uns exames para ter certeza de tudo. - Comecou a preparar as coisas para coleta rapida e apontou para um armário branco ao fundo. - Ali tem algumas roupas brancas, se te servir, pode usar, caso contrário na porta ao lado tem mantos operatórios. - Com ela cedendo ou não já deixaria tudo preparado para a coleta, bateu duas vezes ni apoiador para a retirada e prosseguia. - Você tem duas opções, ou fica enfiada numa maca esperando o resultado, ou acompanha-me e ajuda com os outros pacientes e fara tudo que eu pedir... O que acha? - Findou com um sorriso amistoso na espera dela cedee a coleta.
Agora mais disposta a cooperar e convencida pelo doutor, Bhailin obedece crendo que ajudará numa causa maior como o tratamento de outros pacientes. Em um instante, está vestida e pronta para acompanhá-lo, e aparentemente já não sente mais qualquer tipo de efeito do PAX-12.
— Eu não sei muito de medicina, mas se puder ajudar em algo eu vou fazer. — Ela diz enquanto se ajusta as vestes e desliza os dedos pelo corte que foi feito pelo bisturi do doutor.
Do lado de fora, a enfermeira com quem Renard conversou na estrada bate na porta, claramente alarmada. Foram-se bons minutos desde que o doutor pediu o auxílio desta, e desde então a situação parece ter se agravado.
— Doutor, nós estamos tendo alguns problemas. A infecção parece estar se espalhando mais rápido do que podemos conter sem ferir a pele de alguns pacientes. Você teve alguma sorte aí dentro?
Assunto: Pulsares - Renard 
Ter Dez 18, 2018 8:36 pm
