Honra em sangue.

- Ah, é uma boa ideia, eu acho... - Falou quanto ao assunto relacionado a Burnes, mas não pareceu muito convencido nas próprias palavras. Por outro lado, Miyano queria muito conhecer Grandopolis, já havia ouvido bastante histórias de lá por causa de seus pais. Akemi e Connor prometeram um dia levar as crianças para conhecer Grandopolis, isso é, quando as situações estivessem mais... pacíficas.

Miyano sabia que seus pais eram considerados inimigos de alto nível para a Aliança, mas não sabia por que. Sequer sabia se aqueles eram os nomes verdadeiros de seus pais, dada a dificuldade de encontrar informações a respeito. Provavelmente não eram, já que não podiam arriscar a chance de serem presos.

- Eu sempre quis conhecer Grandopolis. Mas Heylel vai ficar sabendo disso, certo? - Indagou. Não gostava da ideia de ter que sair em segredo, sem informar Heylel ou Ellora, que havia sido tão gentil.

- Talvez isso possa servir de algo futuramente, mas... - Pausou por um momento, buscando a melhor maneira de frasear aquilo. - Eu não possuo nenhum registro quanto a minha identidade, e, legalmente, é como se eu e Maya nunca tivéssemos nascido.

Falou, sem demais explicações. Deixaria para que Melroa criasse sua própria linha de opções sobre o que fazer com aquela informação. Aquilo havia sido uma medida de seus pais para proteger Miya e Maya, e provavelmente era por isso que podiam andar tão facilmente por aí: Ninguém sabia de quem eles eram filhos.

Mas Maya estava numa situação complicada com Vumihe Boik dominada.

*Cody e Heylel assistiam a cena de Ellora com a maior cara de cu do mundo, nenhum dos dois sabia como reagir aquele tipo de comportamento, aquele pico de felicidade que fugia bastante de costume deles, chegaram até mesmo e se entreolharem por momento onde o albino fez uma careta engraçada de quem não estava entendendo nada com um sorriso bem sem graça*

-Ahn.... Acho que você tem um ponto, uma nave sucateada não deve ser ter ido tão longe mesmo já fazendo um tempo, duvido muito que mesmo uma mente genial Garesiana conseguiria fazer alto tão potente para viajar no vácuo com mero entulho, agora se eles podem ajudar? Eu duvido, conhecemos alguém mais propicio a isso, alguém que com o incentivo certo iria adorar dominar e conquistar o território decepando seu líder. *O capitão falava convicto sobre aquilo e seu familiar já estranhava, afinal, de quem diabos estava falando? Não conhecia ninguém assim e por isso não conseguia supor de quem ele estava falando além daquela pessoa do qual era a unica a se encaixar nisso, num grande talvez*

-Mas Boss, se estiver falando de Llyani, ela está desaparecida pela imensidão daqui de Tuntau, nunca iremos acha-la já que ela não tem absolutamente nenhum acesso a tecnologia, seria impossível rastreá-la por mais que eu ache que ela concorda-se em lutar se fosse contra os aliados. *As feições do albino confundiam o androide, era notável que ele estava errado, de que não era de Llyani a quem seu mestre se referia*

-Não falo da mestiça, falo de um possível sangue puro... Temos pessoal 14, só precisamos de um plano concreto e da motivação necessária, toda a informação que Celes obteve será fundamental para a vitória, não podemos seguir de braços cruzados dessa forma, temos que atacar agora antes que a queda da antiga Gutaro se espalhe e os Aliados nos ataquem primeiro, é essa a hora, não podemos tremular. *Desencostou da parede onde se mantinha escorado se mantendo de braços cruzados e com uma seriedade descomunal até para si mesmo do qual logo se desfez ficando aparentemente mais tranquilo ao ponto de gritar para todo mundo ouvir, seu tom de voz era alto, quase como o ecoo de um trovão*

-MIYANO, NELAI, VENHAM CÁ! Cody, preciso que você trabalhe com Miyano em um processo envolvendo uma arma minha e quem sabe minha prótese, você me conhece de cabo a rabo e saberá do que preciso mais do que ninguém, e se não conseguirem me fazer uma nova arma, tentem amplificar as que já tenho e fazer munição para as mesmas, principalmente ao bracelete, era será fundamental, 14, vou precisar que você gentilmente os ceda o material necessário para a fabricação ou aprimoramento, talvez os dois dos itens que mencionei, Ellora, você e Nelai cuidam da missão de resgate ao tripulantes da nave de sucata, eu mandaria só a você, mas caso a coisa fique feia eu preciso de alguém de confiança lá para salvar o dia e se tem alguém que mais confio aqui além do Cody, esse alguém é a Nel, apenas aos dois eu dou minhas costas, nada pessoal Ell, entenda que eu te conheci ontem, por favor não se compare a duas das pessoas que conheço a anos, são casos muito diferentes, enquanto a mim... Irei marcar uma reunião com Bastião para me informar sobre a veracidade da situação em Vumihe, se Mora está exposta a algum mal junto a minha afilhada Maya isso deve ser detido mesmo que esteja sendo feito por um dos meus maiores aliados, bem, alguém tem alguma duvida? *Como já de costume os olhos de Cody oscilavam em cor demonstrando que estava pensando profundamente naquilo, se Heylel queria aprimorar suas armas e se encher de munição era porque estava mesmo motivado a ir a guerra. Acenou negativamente com a cabeça e buscou analisar os demais ao seu redor para ver se alguém iria se manifestar sobre aquilo*

Balancei a cabeça, sempre concordando com o garoto. Desliguei a manopla, unindo as mãos e a apoiando nas pernas.

¬ Claro. Não pretendo te raptar pra ele ficar no meu pé. Eu já falei pra ele que vou partir. O único segredo que precisa guardar é sobre minha real identidade. Não sei quem fez isso comigo, se está me seguindo. E alguém me matou, quero que acreditem que estou morta.

Suspirei ao me lembrar da identidade do menino, ainda bem que Hana disse aquilo. E se eu o cadastrasse como menina? Que desastre.

¬ Por favor assim você me prende, criar uma identidade falsa é o básico! Provavelmente. Vamos ter tempo pra isso. E podemos deixar Heylel pegar Maya, assim que terminarmos voltamos pra busca-la e você o visita. Não concordo com o métodos e linha de pensamento dele. Mas nunca vou proibir você se vê-lo.

Torci o nariz ao escutar o grito de Heylel, com alguns toque da manopla acessei a Ponte onde todos estavam.

¬ Meu querido? Que deselegância. Berro está fora de moda desde a invenção do comunicador. Cada cômodo vem com um. Conhecimento básico.

Ao desligar, me virei para Miyano e ergui as sobrancelhas.

¬ Falando no diabo.

*A mestiça esperava até que recebia a permissão para ir na missão de resgate, embora pensasse que talvez as pessoas daquela nave pudessem fornecer alguma informação, e que não custava nada tentar.
Balançava a cabeça positivamente com as instruções de Heylel, e dizia de uma forma calma.*

- Não se preocupe... eu prometo proteger a Nelai até com a minha vida se for necessário, e você, se mantenha vivo também Heylel;
Ei Cody, obrigada mais uma vez, até breve!

*Ela logo sorria e se virava, começando a ir na direção da nave pronta para fazer o resgate com os 3 homens de Batu, esperando que Nelai se juntasse a ela e antes de entrar no veículo, tornava a olhar na direção do grupo e dizia da maneira gentil de sempre.*

- Sr. Batu, espero vê-lo em breve de novo! E vocês também Miya e Celes, se cuidem até eu voltar;

*Após isso ela entrava na nave e se encostava em um cantinho ali, voltando a tomar o sorvete, esperando o momento que iam partir na missão de resgate, deixando o olhar se perder enquanto observava a chuva ácida continuar a cair.*

*Heylel ouviu Celes por sabe sei lá onde, provavelmente por algum sistema de comunicação, porém ignorou, apenas esperava Miyano e Nelai ouvirem e seguirem seu chamado. Assobiou para Ellora em alto som, algo que poderia fazer doer mesmo ouvidos não tão sensíveis assim, fez de fato para chamar a atenção da Zathriana que já estava se retirando*

-Ei! Não terminei de falar com você e Nelai ainda não chegou para discutir a estratégia, retorne. *Cody tapou seus ouvidos com aquele assobio que foi quase que na sua cara, aquilo quase deu tilte em seus sistemas de tão alto que havia sido, pobre Rex, como se acostumava com algo daquilo?*

*Ela tomava o sorvete e pensava em como seria uma nuvem de chuva ácida? Será que haviam gotinhas de ácido puro ali e se juntavam e... logo aquele assobio a fazia dar um pulo, principalmente com a audição aguçada que ela possuía, com a mestiça balançando a cabeça meio atordoada e espiando para ver de onde tinha vindo aquele som.
Se localizando e percebendo que havia sido chamada por Heylel novamente, logo voltava até onde o albino estava, o olhando com uma expressão confusa e curiosa, acabando por perceber que havia esquecido de perguntar se tinha alguma instrução a mais em relação a missão de resgate.*

- Desculpa Heylel.. esqueci de perguntar se tinha alguma instrução a mais sobre a missão... uau..

*Ela balançava a cabeça novamente, tentando tirar o zunido que havia ficado após o assobio, e tentando se focar no que o capitão diria, acabando por dizer.*

- Ahn.. Heylel.. eu vou precisar da minha audição, então.. acho que só o chamado já é o suficiente na próxima, tudo bem?

Batu parece um pouco reflexivo diante do nome mencionado durante a conversa. Em meio a seus devaneios, tenta lembrar-se onde o ouviu e discretamente puxa até suas anotações pessoais em um dispositivo móvel até que consiga encontrar a origem da lembrança. Não que seja algo importante, mas a coincidência é intrigante.

— Llyani... esse nome chegou até mim recentemente. Ela abordou um de nós perguntando por Kahn, mas eu não soube dela desde que a informamos que nosso líder está morto.

Os homens que trabalham na nave parecer se alertar com a ordem de Heylel, desacostumados com esse tipo de abordagem. Batu costuma ser sério e paciente, divergindo totalmente daquela maneira impulsiva de chamar a atenção de um grupo.

— Eu posso lhe ajudar com alguns suprimentos para recompensá-lo pelo que passou nas mãos da Gutaro, mas... eu não posso ordenar um ataque para meus homens se não tiver certeza de que ele funcionará. Eu já aceitei o pedido da Zathriana de resgatar os prisioneiros, mas estamos aguardando o seu aval. Qual a sua ideia?

Uma concentração de Okros trabalhadores forma-se ao redor do grupo, querendo entender sua situação. Tão pouco tempo na nave e tantas discussões e reviravoltas vinham acontecendo, e isso é totalmente o oposto do tipo de interação que Batu os acostumou a ter.

*Após o assobio e o chamado ele aguardou pelo retorno de Ellora que o cumpriu logo de pronto para satisfação do albino, afinal, inicialmente ela questionava ou hesitava, agora parecia estar mais disposta a colaborar, um sinal de que estava cada vez mais o aceitando como líder, e isso era bom, muito bom*

-Me desculpe dessa vez, achei que sua visão que era apurada e não a audição, estou um pouco surpreso na verdade, me desculpe mesmo. *Descruzou o braço e fez um tipico gesto com as mãos de alguém que busca tentar amenizar uma situação ou trazer calma a alguém. Logo na sequencia veio o comentário de Batu sobre Llyani do qual chamava a atenção de Cody*

-Você jura?! Ela é uma grande amiga nossa! Acha que consegue saber mais ou menos para onde ela iria atualmente? Devem ter lugares muito específicos em Tuntau onde se pode proteger da chuva acida, algo distante da Sede da Aliança por ela não gostar deles, se procurarmos ela em cavernas ou vilarejos podemos acha-la facilmente com uma triangulação simples, com certeza ela não está no meio do mato com toda essa tempestade que sempre cai junto ao anoitecer! *Os ditos do androide chamavam a atenção do Kroyvisiano que levou uma de suas mãos ao queixo ficando reflexivo sobre aquilo, claro que aquela mestiça seria de enorme ajuda, mas havia o fator agravante*

-Pelo acordo que fizemos, ela iria nos ajudar apenas em Gradopolis, depois seriamos inimigos, lembra? *Cody virou-se para Heylel e comentou apenas "Sua inimiga, não minha inimiga!" só que antes que ele e seu mestre pudessem seguir com aquilo o albino ergueu a mão pedindo silencio momentâneo para ouvir o novo 14*

-Você está absolutamente certo 14, somos família então sacrifícios são inaceitáveis, se formos atacar, que apenas o inimigo sofra baixas, só que para isso precisamos de um plano e para isso precisamos de Celes e suas informações, com base nelas iremos fazer o plano de ação para que nenhuma vida dos nossos seja perdida nesse avanço.*Durante aquela reunião de lideres a mulher então aparecia respondendo ao chamado alto do capitão que ouvia seus passos nervosos rumo sua direção se mantendo de braços cruzados erguendo o cenho mantendo um certo ar de desdem com o dedo apontado para sua cara e todo aquele dito que veio até si e assim que tal terminava ele mudava a expressão sorrindo fino e fechando os olhos*

-Então esse são os termos do acordo? Muito bem, quanto fica a pernoite? E sim estou e não apenas com as algemas como também com a venda, só que infelizmente eu não tive tempo de usar nenhuma. *Abriu os olhos, retirou as ditas algemas exoticas do bolso e as girou no indicador antes de lançar de volta a dona junto da venda do qual retirou também de seus bolsos logo na sequencia e voltou a cruzar os braços*

-De qualquer forma, fica mais caro se tiver uma companheira inclusa? Eu gostaria de ter a Ellora trabalhando junto com você por ter sido uma ideia inicial dela a de fazer isso, se não se importa, e outra duvida, se terminarem o serviço antes que acabe o pernoite, eu terei que pagar o valor inteiro ou só as horas trabalhadas? *O Familiar ficava olhando para seu mestre e para a mulher com quem ele conversa não parecendo muito crente de que aquela conversa estava ocorrendo, como assim, ali? Na cara de todo mundo ele está negociando um programada? Sim, tudo bem que ficar relaxado para lutar é uma boa forma, só que tipo, com duas ainda por cima? Puts, estava simplesmente chocado com a atitude do Rebelde*

- Ah na verdade são as duas, a audição e bom, tenho as lentes né...

*A mestiça sorria meio sem jeito e suspirava ao notar que o zunido nos ouvidos tinha melhorado, e ela conseguia voltar ao normal de certa forma, saindo daquele breve momento de atordoamento causado pelo assobio alto e agudo de Heylel, voltando a tomar o sorvete calmamente enquanto observava a reação de Nelai e do albino, pensando conforme abaixava a cabeça e se focava apenas no doce gelado que tinha nas mãos:
“E eu achando que tinha explodido antes...”
Ela não entendia muito bem porque Nelai tinha se irritado, mas parando para pensar, ela tinha conseguido descansar só agora e realmente acordar com um grito, não devia ser agradável. Ainda assim, a mestiça ficava mais perdida com a forma de falar de Heylel, lançando um olhar interrogativo para Cody, demonstrando que não estava compreendendo nada.*

- Er... Heylel, mas.. eu não preciso de dinheiro pra ir em uma missão, ou vamos precisar? Hm.. talvez a gente compre mais sorvete no caminho? Apesar que o Cody sabe fazer sorvete, então.. é, acho que só a Nelai vai precisar do dinheiro né?

*Ela não compreendia bem o motivo de Heylel querer pagar pra uma missão de resgate ser feita, mas no momento achava que devesse dar um pouco de privacidade a ele e a Nelai, e por esse motivo se virava para os homens que os rodeavam e para Batu, os olhando tranquilamente, esperando que Heylel desse as instruções finais para irem logo na missão, mas parecendo lembrar de alguma coisa e tornando a dizer.*

- Ah é, Nelai, antes de ir, preciso falar uma coisa com você; mas sem pressa, eu espero, ahn.. vocês terminarem de conversar;

*Ela olhava o par de algemas curiosa, se perguntando que tipo de brincadeira Heylel e Nelai faziam quando deviam estar a sós, mas mordendo o lábio e balançando a cabeça negativamente, se repreendendo por ficar tendo pensamentos inadequados sobre a intimidade das outras pessoas.
Heylel era seu capitão, e Nelai sua companheira de time, ela não tinha nada que ficar curiosa sobre a relação entre 4 paredes que ambos possuíam.*

Miyano apenas acenou passivamente, tanto para Melroa quanto para Heylel, enquanto acompanhava-a para fora do quarto. Como ainda estava consideravelmente longe do albino, apenas enviou uma figurinha de "Okay" pelo technophone.

- Uhm... - Assim que cruzaram a porta, Miya dirigiu-se para Celes, lembrando-se da missão que Heylel havia acabado de concedê-lo, como que tentando esboçar mentalmente um calendário. - E quando é que partimos?

*De braços cruzados e atenção dividida entre suas duas companheiras de time, Heylel já tinha o que precisava para deixar com elas a missão de resgatar Drodag e sua trupe cabendo a ele e os demais a parte supostamente mais difícil que era a Revolução em Tuntau. Pela ordem das coisas, apesar dos apesares, os primeiros ditos eram de Nelai então buscou focar nela primeiro*

-Na verdade eu ia usar as duas no 14, sem ser esse, o outro e sim, eu sei, 70%, certo?*Prestava atenção na explicação da mulher sem desfocar para não perder nenhum detalhe que talvez pudesse ser importante posteriormente, afinal, nada além das ofensas gratuitas dela era dito em vão*

-5.000 cada? Eu realmente sempre posso contar com você Nel, obrigado... Mas serão só vocês duas. *Inflexível como um pedaço de chumbo, Heylel apenas sorria de forma simpática com Nelai sem ter muita reação sobre a carga maliciosa dela sobre si, era como se já estivesse tão acostumado aquilo a ponto de ser quase, apenas quase, imune a ela*

-Preciso ficar aqui para discutir com Batur e Celes a tomada da Sede da Aliança em Tuntau e por isso questionei o pernoite, afinal, agora acabou de anoitecer então são 19 horas e planejo ter tudo pronto até as 3 da manhã no máximo, ou seja, vocês tem 9 horas para encontrarem os refugiados e leva-los para segurança, do contrário terão que voltar sem assegurar isso, essa missão de reconquista contra os Aliados depende de vocês e por isso exijo pontualidade e como você Nel me disse outro dia e hoje que se eu pagasse por seus serviços eu teria direito de pedir o que eu quisesse, então é isso, quero que você use as 9 horas do pernoite para salvar os refugiados junto da Ellora, confio que as duas vão pensar em um plano juntas sobre as melhores abordagens, tudo bem assim? Nenhum segundo a mais, agora o tempo a menos, caso vocês cumpram em menos de 9 horas eu penso em como compensar esse tempo que sobraria sempre aberto a sugestões, é claro.*Agora era a vez de focar em Ellora que estava com duvidas sobre aquela situação do dinheiro e tudo mais mesmo todos ali sendo um time, logo, buscou ser breve, não havia muito o que dissertar sobre isso*

-Cody fez um improviso, não conte sempre com isso e dinheiro sempre é essencial para comprar sorvetes legítimos e de devida qualidade e procedência, o mesmo vale para munições, armas e trajes.*Seguiu até a Assassina por trás dela a segurando de forma firme e gentil nos ombros começando a fazer massagem ali dessa mesma forma. Dali mesmo ele seguiu olhando para Ellora também já que o recado era para as duas*

-Não se esqueçam, apenas 9 horas, entrem na nave e não percam mais tempo porque ele voa, se retornarem antes disso eu penso em como compensar essas horas restantes, agora sim podem entrar e partir, prometo não assobiar.*Então abaixou um pouco o torso para encurtar a distancia de seu rosto ao da mulher a sua frente ficando próximo do ouvido dela onde sussurrou apenas para que ela escutasse*

-Se por algum motivo a situação ficar muito perigosa, me mande mensagem que irei correndo busca-la, não vou deixa-la esperando de novo, dessa vez não tem soldados idiotas tentando me segurar e me impedir.*Parou a massagem e deu dois tapas bem sutis com ambas as mãos em simultâneo nos ombros da atual Okro e apenas esperou que ela o respondesse antes de se afastar e voltar até Batu, Cody e os demais que estavam fazendo uma rodinha ali*

Caminhei até a ponte de comando um tanto quanto contrariada. Mas fiquei em silêncio até meu nome ser citado.

¬ Epa pera, para tudo bonitão. Minha proposta de venda foi para o Batu. Não vou colocar essa informação nas mãos de um soldado que finge ser capitão. E além disso ninguem me dá ordem nessa bagaça. Capisce? Buono. Não me leva a mal, só estou botando meus termos.

Coçei a cabeça, jogando o quadril para o lado enquanto pensava.

¬ Batu. Sei que não pediu meu conselho e nem me conhece. Mas inteligência é o meu forte. Não faça nada agora, os Okros ficarão abalados e divididos. E impor força e uma luta nesse momento não é favorável, sabe disso. Se estruture, com o que eu consegui você consegue tira-los daqui com praticamente zero de baixas. Mas precisa de tempo e paciência. Um luto não se cura com outro.

Olhei para Miyano, molhando os lábios antes de falar. Voltei a olhar para os demais ali.

¬ Eu tenho coisas a fazer. Vumihe Boik está em crise. A cada dia que passa a Datsu mata uma pessoa. Mais do que isso se seus soldados resistirem. E eles não se chamam rebeldes a toa. Miyano, você vem comigo?

- Não... é melhor só você me ouvir Nelai..

*Ellora sorria com as brincadeiras de Nelai e respondia de uma forma gentil para a companheira, se afastando um pouco e indo até Celes, a abraçando de uma forma carinhosa e murmurando.*

- Celes, obrigada por ter nos ajudado, é uma pena que não vai continuar com a gente, mas eu espero te ver de novo e que possamos lutar uma ao lado da outra novamente; até lá, por favor se cuida;

*Ellora sorria e logo se afastava e ia até Miyano, dando um beijo na testa dele, ficando claro que se ele decidisse ir com Celes, a mestiça não ficaria chateada ou com raiva, com a destra fazendo carinho na cabeça da criança e ela murmurando.*

- Você também Miya, eu te vejo agora como meu irmãozinho mais novo, então, se cuida e qualquer coisa, pode me procurar;

*Com isso ela voltava correndo para perto de Heylel e os outros, chegando a tempo de ouvir o que o capitão falava sobre compensar ela e Nelai, e a mestiça acabava rindo alegremente, pensando sobre o que ele havia explicado do dinheiro e mordendo o lábio pensativa.*

- Hm.. certo, sabe, eu posso tentar ver algumas coisas da medicina talvez... Ah! e não se preocupe Heylel, pode me compensar com sorvete; isso já será necessário pra mim...
Mas agora, eu preciso pegar Nelai emprestada por alguns segundos se não se importa...

*A mestiça percebia que Heylel estava falando algo para Nelai, mas a julgar pela expressão na face da Zathriana, o que ela tinha de falar era realmente importante e por esse motivo, não esperava que a companheira respondesse ao albino, a segurando pela mão e a puxando gentilmente para dentro da outra nave, tornando a dizer.*

- Até breve pessoal, espero ver vocês logo, se cuidem, e você também Batu!

*Ela entrava na nave e levava Nelai até um canto onde não precisassem correr o risco de serem ouvidas, parando e se virando para a companheira, soltando sua mão delicadamente e olhando para baixo por alguns minutos, como se pensasse em como explicaria o que se passava na mente dela no momento, suspirando baixinho antes de tornar a fitar Nelai, e dizer com o tom de voz calmo.*

- Nel.. eu disse pro Heylel que te protegeria e te manteria segura, porque esse sempre foi meu trabalho, meu papel em uma equipe. Fui treinada para isso e ajudar quando precisam atirar ou investigar algo.. na minha missão em que fui com meu antigo time, meu capitão morreu, e meu amigo ficou para trás, me salvando. Então, Dalem e Zaret sentiriam minha falta, mas eles já se foram, e meus pais... bom, eles sentem mais ficariam orgulhosos se eu continuar lutando pela nossa causa. Por isso Nel...

*Ela tinha que fazer uma pausa para piscar algumas vezes, com aquelas lembranças ainda sendo muito dolorosas e sempre nítidas na mente dela. No entanto, logo ela continuava, recompondo a tranquilidade de sempre, mas tendo um brilho determinado nos olhos.*

- Eu quero que você me prometa que se alguma coisa acontecer nessa missão, e a gente precisar de ajuda, você vai se esconder ou fugir, e pedir ajuda..
E me deixar lá pra ser a distração; eu posso ir me curando e aguentar as pontas, então por favor.. me ajuda a cumprir a promessa que fiz pro Heylel, e a trazer aquelas pessoas que precisam do nosso resgate.

*A Zathriana sorria e logo dava um abraço em Nelai de uma forma carinhosa, murmurando novamente, quase que como um sussurro apenas para a companheira mesmo.*

- Heylel se preocupa com você, e se importa, mesmo que ele ainda não saiba demonstrar de uma forma mais clara. Você vai fazer muita falta se algo acontecer. Então, se eu te disser pra me deixar lá, por favor traz as pessoas da nave e fique segura até a ajuda chegar;
Isso vai me deixar feliz, e deixar o Heylel feliz também...aora volta lá, acho que você tá devendo uma resposta pro nosso capitão.

*Ela soltava a companheira e ria baixinho, se afastando e voltando para o meio da nave de resgate, mas não saindo novamente, preferindo apenas se encostar em uma das paredes e começar a olhar pela janela outra vez, começando a tomar o sorvete que já estava quase terminando e ficando em silêncio por alguns instantes, com a mente divagando entre os pensamentos dela, algo que sempre ocorria quando a Zathriana estava esperando alguma coisa ou apenas queria ficar conectada com seu próprio emocional.*

*Aquela mulher já estava irritando e era apenas uma mercenária, poderia então mata-la na primeira oportunidade que tivesse, se tivesse, claro que Cody era contra, sua preferencia pela diplomacia sempre se mantinha, só que agora, mesmo ele tinha sua vontade sincronizada com seu mestre*

-Eu sou o recém condecorado Capitão Heylel Fahrenheit atual líder da décima terceira divisão dos Arcanos dentro da Tropa da Virtude da Reconquista, muito prazer senhorita Celes, com toda essa confusão eu esqueci de me apresentar devidamente. *Por assumir que aquela garota era Melroa, realmente acabou deixando isso passar batido embora tivesse lá suas desconfianças como o fato dela falar com Miyano como se já o conhecesse a tempos, mas tudo bem, a desculpa era que a própria Melroa repassou essa informação e tudo mais, simples de contornar*

-Capitães comandam seus times e tripulações, eu tenho meu time, minha tripulação, meu líder e também Comandante me designou a isso, logo sou um capitão, os demais como Mora, Ghil e Batu que lideram bases da Reconquista também são Comandantes, acima de Capitão e você não estava aqui, mas Batu a pouco pediu meu aval para a missão, então também estou dentro dessa negociação com a permissão dele, não espero que uma não-militar saiba o minimo desse assunto, a perdoo por esse erro banal, é bem comum na verdade, não me leve a mal, apenas estou explicando os nossos termos. *E era de fato, o pessoal dali saberia que seus ditos não eram agressivos e sim meramente explicativos, até mesmo quem não conhecia Heylel, afinal, era uma explicação muito simples da diferença entre Comandante e Capitão*

-Então não, não finjo ser um capitão, eu sou um e como tal tenho poder de palavra, claro, não chega ao nível dos três Comandantes que mencionei, Batu está acima de mim, mas já é o bastante para que eu tenha voz ativa, não acima do comandante, é claro, agora sobre a retomada da base da Aliança, força e luta é total burrice mesmo, como eu mencionei antes, eles estão jogando em casa e possuem uma vantagem que nós não temos que são os Okros aprimorados pela evolução Garesiana imposta a eles, então eles são mais fortes, mais rápidos, mais resistentes, quase tanques de guerra humanoides, armas de guerra natas... Um combate frente a frente sem devido preparo seria simplesmente suicídio e a ideia é de não haverem baixas do nosso lado, nenhuma sequer. *Aquela ideia estava fixa na mente do Kroyvisiano que voltou seu intercalou olhares entre Batur, Miyano, Cody, Celes e todo o grupo que estava ao redor deles em busca de uma solução, ao que parece, muitos dali não estão satisfeitos com aquela estagnação e tanto quanto ele, Heylel, desejam lutar*

-Vamos comprar todo o acesso que você teve da Aliança, eu e minha equipe iremos para Vumihe tratar desse assunto com a Datsu, se estão mesmo matando nossos irmãos debaixo do comando da Mora, isso deve ser cessado o quanto antes, de todos nós ela deve ser sem duvida a mais pacifista e eu devo isso a ela, 14, vou precisar que fique com todas as informações recebidas, as analise e por favor preciso que enxugue o bastante para que tenhamos no minimo 4 planos de ação cobrindo toda ou boa parte da margem de erros, nesse arquivo devem ter muitas informações, desde plantas da sede inimiga até horários de troca de plantão, rede de câmeras, energia, enfim, verifique tudo para quando retornarmos podermos fazer isso ao nosso modo, pois mesmo que você não se ache épico como Kahn e corajoso como Rhast, você é muito inteligente e será essa inteligencia um dos pilares principais para expulsar a Aliança e tornar Kahkaluto um sonho real, pense, estude, eu acredito que seja capaz, enxergo seu potencial nisso. *Ouvindo o discurso e processo de raciocinio de seu mestre sabendo que Batu provavelmente relutaria, Cody se aproximou uma vez mais levando uma de suas mãos ao ombro daquele lider oferecendo um poderoso joinha para ele com seu polegar livre*

-O Boss tem razão, juntos nós podemos libertar a todos e tornar Kahkaluto um sonho real, mas vamos precisar de você irmão, lutar com os Aliados é mais do que correr e atirar, precisa ser algo minucioso para que eles caiam sem nem saber o que os atingiu, todos estamos com você para apoia-lo no que for preciso. *Olhou ao redor para cada rosto curioso, para cada rosto duvidoso e cada rosto esperançoso, tudo ali era um misto, alguns podiam ter medo, e outros coragem até demais, mas todos queriam o mesmo algo, a dita liberdade que apenas a Reconquista, em sua raiz, em sua base, luta para conquistar*

— Não perguntei seu paradeiro, mas ela não deve ter ido longe sendo uma estrangeira.  Deve estar por perto do Porto de abainor, se é que está aqui. Parecia querer saber apenas sobre Kahn.

A chuva parece amenizar-se um pouco com o tempo, como um fenômeno furioso que varre tudo em seu caminho e depois dorme a espera do dia seguinte. Apesar disso, os agentes da nave não parecem menos apreensivos.

— Eu vou pensar sobre isso, mas não posso tomar uma grande decisão agora. Por enquanto prometo apenas estudar os dados de sua companheira.

- Obrigada por entender Nel... mas a vida de meus amigos, vale mais do que a minha agora; principalmente no campo de batalha, onde tenho de fazer até o impossível pra salvar meus companheiros

*Após ter a resposta de Nelai e receber o conforto da companheira de time, Ellora sorria e olhava em volta, vendo que os outros já se preparavam para partir em suas devidas missões também, suspirava e ia se sentar em um dos lugares perto da janela, onde geralmente gostava de ficar, observando tudo lá fora.
Fitava a chuva ir diminuindo, e virava a palma da destra para cima, acionando o míni computador que tinha embutido na tecnologia de seu traje, escolhendo a opção de digitar uma mensagem.
Logo escrevia para Heylel e Cody:
“Boa sorte pessoal, e prometo trazer as pessoas daquela nave, e a Nelai em segurança. Se eu não trouxer, prometo pelo menos contribuir de algum jeito pra que fiquem protegidos até a ajuda chegar.
Até loguinho.”
Enviava a mensagem e depois encostava a cabeça na janela da nave, fechando os olhos e pronta para cochilar ou meditar um pouco, deixando a mente tornar a vagar de uma maneira livre agora. Pensava nos pais e na relação que tinham, assim como Heylel e Nelai e outros casais que ela admirava, mesmo que fossem relacionamentos diferentes e cada um com suas próprias características.
Sorria sabendo que talvez ela não tivesse a chance de ter algo assim, mas se pudesse, ia fazer de tudo para que essas pessoas fossem felizes juntas, principalmente depois que conseguissem defender a causa pela qual lutavam e acreditavam.
Talvez depois ela abrisse uma sorveteria, onde todos seriam bem-vindos, não importando as diferenças, ou talvez abrisse um Spa com meditação, sorveteria, hm.. o que mais teria em um Spa? Ela talvez perguntasse pra Nelai ou Celes depois, para saber. Mas tinha que ter sorveteria no meio. Ela podia quem sabe fazer algo na natureza, ou em um local tranquilo...
Naquela altura, não sabia bem se estava sonhando ou imaginando, mas já valia a pena ficar divagando sobre seus pensamentos, enquanto partiam na missão.*

Miya suspirou. Celes e Heylel eram dois cabeças duras que amavam estender uma discussão, e especialmente amavam se gabar.

- Heyl. - Interrompeu Miyano com firmeza, apesar da voz baixa e gentil. - Estou indo para Grandopolis com Celes.

Simplesmente declarou, sem contexto ou explicação alguma.

*Com tudo liberado e todos de acordo, supostamente, Heylel então ao ver que Ellora e Nelai haviam partido,apenas acenou para a atual Okro até agora o Belz não sabe escrever a raça da Nelai, uma hora vai sem entender muito bem aquele cumprimento dela que parecia mais radiante que o normal, feliz talvez fosse a palavra certa... Mas porque? O que havia acontecido de tão bom nesse curto espaço de tempo? Talvez a conversa com a Zathriana*

-Muito bom 14, esse é o espirito, estaremos de volta em torno de 9 horas, mas espere atrasos, nunca se sabe; Celes, por favor repasse tudo o que tem para Batu e depois negociamos o preço desse seu serviço, se vai até a algum lugar terá que esperar já que sua nave ainda está sofrendo reparos, não será hoje que vai voltar a utiliza-la; Cody, pegue minhas coisas e sincronize seu cronometro ao meu, nós temos 9 horas para resolvermos isso, eu o deixaria aqui para fazer o que pedi com Miyano, mas vou precisar dos dois comigo, você pela diplomacia e ele pelo hacking caso seja necessário, o que duvido que vamos precisar já que não iremos invadir, só que é melhor sempre prevenir, inclusive, durante a viagem vocês podem analisar as armas para ver o que é ou não preciso para melhora-las ou até mesmo fundi-las, também preciso que façam... *Até então, não sabia que Celes era de fato Melroa e se tivesse algo sobre isso seria no maximo suspeitas, por consequencia, achava certeiramente que ela estava pouco se danando para Vumihe e suas baixas, afinal, ela era uma mercenária, para que iria se importar com algo que não encha seus bolsos de dinheiro ou que pelo menos a traga alguma regalia? Por isso não a cogitou nesse plano, apenas pediu o repasse das informações para que Batu as estude. Com isso, parou seus ditos no meio com a fala de Miyano que o interrompeu tomando toda sua atenção para si*

-Não. *Demorou breves segundos para responder como se aquilo tivesse o pegado muito de surpresa, o que foi o caso. Notando o desconforto do Kroyvisiano em relação aquilo, o androide seguiu se abaixando frente a criança ficando na ponta dos pés com as mãos sobre os joelhos*

-Garoto, essa mulher te ameaçou não foi? Conta para nós, não precisa ter medo, vamos te proteger, afinal, porque diabos você vai para uma das Sedes da Aliança? Achei que você odiasse os Aliados, até mais que nós, e tipo, abandonar o seu pai para ir embora com uma completa estranha? *Ao ser mencionado como pai de Miyano sendo que Cody sabia que esse não era bem o caso apesar das semelhanças, Heylel decidiu retificar*

-Miyano não é meu filho e jamais me aceitaria como pai ou padrasto, Melroa o doutrinou a seguir um caminho e eu sigo a outro totalmente diferente e a preferencia dele sempre foi ela, então se fosse para aceitar alguém como pai ou mãe seria ela, entretanto esse não é o caso de agora, Melroa está morta, os pais de Miyano são perseguidos pela Aliança e se em algum momento descobriram sobre ele e Maya, eu não posso permitir com que ele vá para uma Sede Aliada sem um bom motivo, ainda mais acompanhado de uma mercenária que com uma boa recompensa o entregaria para chantagistas para capturarem os pais dele com mais facilidade, fim de papo, temos que ir para Vumihe, vamos Miyano. *Estava diferente, irritadiço, só que não um irritar que era seu comum por ser ranzinza e sim um irritado de alguém passional do qual está agindo movido por um impulso meramente sentimental por mais que suas palavras fossem racionais. Chegou ao ponto dele simplesmente seguir até a criança e pega-la pela mão para leva-la consigo, porém, o sintético o segurou pelo pulso para que o albino não seguisse caminho com o menor*

-Você não sabe, por acaso já o perguntou disso? Olha como vocês se tratam, você a pouco chamou a Maya de "filha", você já os considera seus filhos, só tem medo que eles te rejeitem por você ser um assassino e a Melroa ter os ensinado que isso é errado, mas Boss, você não mata por nada, sempre tem um motivo bom, você luta por uma causa, um objetivo que os gemeos vão desfrutar no futuro graças a seu sangue, seu sacrifício, e você ensinou esse menino sobre isso, ele te entendeu, ele pegou em armas por você, deixa de ser cego, a consideração dele é muito maior do que você pensa! Então sim, ele deve ter um otimo motivo para fazer uma merda dessa indo para os braços da Aliança acompanhado de uma mercenária, né, Miyano? Fala pra ele. *O capitão ficou em total silencio, a eloquência de seu companheiro era muito eficiente em si, super efetiva, então soltou a mão da criança e com isso o robô o soltou também, os dois agora olhavam para o pequeno em esperando uma resposta sobre aquilo já que mesmo muito novo, ele não era idiota de ir com uma estranha para uma zona inimiga por simples e mero nada, tinha que haver uma explicação muito plausível, Miyano era inteligente demais para fazer tamanha burrice -ao ver deles- por conta própria*

Revirei os olhos ao ouvir toda a ladainha de Heylel. Cheguei a fechar os olhos é simular um ronco.

¬ Desculpe, falou alguma coisa? Eu me perdi depois da imitação barata de GOT. Eu te conheço, Heylel. E entendo mais de táticas e posições militares do que você muito provavelmente pensa. Já trabalhei para os seus superiores, se fosse mesmo um capitão teria um pou o mais de bom senso.

Fiquei encarando minha unhas enquanto ele discursava novamente.

¬ Bom, eu vou enviar meu preço a vocês logo logo, envio as informações assim que o dinheiro estiver na minja conta.

E fiquei em silêncio, com os braços cruzados. Minha carranca só se desfez quando escutei a resposta de Miyano. Um sorriso triunfante desenhou meus lábios, e ergui a cabeça de orgulho. Até ouvir aqueles dois de novo.

¬ Ah mas puta merda! Vocês deviam formar uma dupla sertaneja. "Sem e noção". Lata velha tu tá no meu raio de destruição não é de agora, tira sua bunda metálica daqui e vai tomar uma graxa no mecânico que te pariu!

Quando vi Heylel se aproximando, me coloquei na frente dele, protegendo o garoto atrás de mim.

¬ Eu já perdi minha paciência com você. Miyano vai comigo e se ousar tocar nele eu vou te mostrar o quão boa minha mira é. O Sr. Sucata ali já sabe bem. Então não seja mal perdedor. Faça o seu trabalho, que eu faço o meu. E eu tenho muito mais honra como mercenária do que um garoto que brinca de salvar o universo. Não se meta no meu caminho. E eu não me meterei no seu.

Voltei a coçar a cabeça, notando ser perto da cicatriz de bala que me matou. Estava virando um hábito. Me virei para Batu, mantendo minha postura alinhada.

¬ Sinto muito por presenciar isso. Mas como pode ver eu tenho urgência na manutenção da nave. Eu posso acompanhá-lo e colocar a par das informações que tenho enquanto isso. Só vou tratar elas com o Sr. Depois perguntam o motivo de mercenários só tratarem com o alto escalão. Soldados são muito anti éticos. Credo. Vamos Miyano.

Só prosseguiu até Batu quando Miyano o fez, dando do meio para os dois enquanto os deixava para trás.

Miyano suspirou ao notar o rumo que a conversa estava tomando. Aqueles dois amavam discutir, não amavam?

- Heyl. - Interrompeu-o novamente, ignorando Cody. Não tinha intenções de fazer parte da discussão. - Eu tenho meus motivos, acredite em mim. Além disso, Grandopolis me permitiria melhorar minhas habilidades tecnológicas, e talvez eu conseguiria aprender como melhorar suas armas, pois eu realmente não sei como.

E logo, suspirou, seguindo Celes.

- Não briguem, isso foi algo que eu decidi por conta própria.

—Peço que não resolvam suas desavenças dentro da minha nave. — Intervém Batu, enfim tomando uma atitude após a partida de Celes. — Até então vim perdoando este comportamento agressivo por aqui, mas ele não tem lugar aqui. Mantemos a harmonia entre nossos batalhões e a falta de entrosamento de sua equipe é um mau-exemplo para meus soldados.

De fato, muitos agentes olham feio para o grupo desde que entraram discutindo na nave. Aquela característica marcante dos Okros de tratarem uns aos outros como irmãos de sangue e lutar sempre juntos não é apenas para aparência, e eles sem dúvida estranham estrangeiros com comportamento distinto.

— O robô me disse que vocês são como nós, então deveriam aprender um pouco conosco. Nós estamos lutando pelo mesmo objetivo, e logo a sua briga é menos importante no momento. Guarde sua ira para o inimigo e preocupe-se em sobreviver enquanto família unida.

*Esperando que Miyano respondesse, Heylel sempre estava atento aos arredores então foi simples ouvir Celes apesar da distração no momento e ao ouvi-la falar daquilo... GOT, o que raios era aquilo? Ficou até com a expressão confusa na face tentando buscar em sua memoria qualquer organização que possuía aquela sigla, talvez um nome ou pessoa*

-O que é GOT? Ou quem, se é que posso saber, pertence a Reconquista? *O tempo era 2201, então aquele seriado estava mais do que enterrado nas memorias, uma relíquia mesmo que provavelmente apenas os mais nerds ainda tinham conhecimento e um deles era Cody*

-Puts, verdade, você tem até cabelo branco, só falta ter dragões a disposição! Daenerys Targaryen, a filha da Tormenta, a Não Queimada, mãe dos Dragões, Rainha de Mereen, Rainha dos  Andalos e dos Primeiros Homens, Quebradora de Correntes, Senhora dos Sete Reinos, Khaleesi... *O albino olhou para o androide na maior cara de c* o deixando bem sem graça a ponto dele parar de falar e levar a mão a nuca a "coçando" devagar ficando com o tom de voz ligeiramente risonho*

-Ah, é eu gostava de Game of Thrones também, recomenda que veja algum dia Boss... Caso tenha tempo, sei lá, fica a recomendação ai... *Deu de ombros no bom e velho estilo "sei lá" enquanto o Kroyvisiano murmurava algo como "Game of oque?" se mantendo com a expressão totalmente avoada até ouvir aquela voz irritante de novo ficando em silencio com os cabelos ficando sobre os olhos*

-... *Parecia não estar ouvindo mais nada, nem mesmo Miyano e seguiu levando a mão ao coldre para sacar sua arma e atirar em Celes pelas costas para aleija-la e em seguida mata-la, todavia o androide foi mais rápido chegando junto de seu mestre deixando a mão sobre a dele tapando meio que a visão geral*

-Calma, eu sei como está se sentindo e acredito, eu também quero matar aquela vadia, mas isso não é viável agora, primeiro espere ela passar toda as informações para Batu e depois eu prometo que você vai poder fazer o que bem entender com aquela cretina, mas agora não, pense na revolução Boss, pense na missão. *Cody encarava os olhos de Heylel que o encarou de volta, estavam mesmo muito próximos, muito mesmo e por isso apenas ambos se escutavam*

-Se alguma coisa acontecer com o Miyano... E se ela o entregar a Aliança? E se ela sumir de nossas vistas quando sair daqui? *As feições do albino destacavam sua irritabilidade, senão fosse seu Familiar ali ele com certeza teria atirado para matar sem sequer questionar ou hesitar. Com as questões de seu mestre, ele respondia confiante*

-Ela vai voltar por causa da Maya, nesse momento será sua chance, e se ela entregar Miya para capturar os pais dele, bem, será um trauma necessário que vai torna-lo totalmente fiel a você, afinal, terá sido traído e terá apenas você de porto seguro, seja paciente, deixe rolar, a hora dela vai chegar e você ensinou ele o necessário, ele mesmo vai matar ela se ela provocar isso, apenas confie no potencial do menino, ok? *Devagar, o rebelde colocava a arma de volta no lugar e respirava fundo, seu auxilar ali até mesmo o ajudava a manter a respiração controlada com uma das mãos nas costas dele, era como se o albino tivesse passado mal e agora estava se recuperando pouco a pouco*

-Vamos nos focar em salvar a Mora e libertar esse povo da Aliança, ok? Só temos 9 horas... Bem, agora 8 horas e pouco, todo o tempo é preciso Boss, vamos... *O sintético então fez o sinal da Reconquista para o capitão que acabou respondendo da mesma forma onde no sinal ambos davam as mãos e improvisavam uma batida de ombros onde no final ambos acabavam dando uma boa risada*

-Aquela mercenária não faz parte da nossa equipe e muito menos da nossa família, 14, basta ver a conduta dela em relação as outras mulheres que viu e até mesmo de Cody que não é só um robô, pode chama-lo dessa forma, ele é tão irmão nosso quanto qualquer outro, e não se preocupe, minha ira com certeza será gasta em meus inimigos no momento certo, mas agora preciso de uma nave para ir a Vumihe imediatamente, se aquela mercenária estiver certa, Mora está em perigo, poderia me fazer essa gentileza? Cody, por favor, busca minhas coisas? *O ajudante bateu continência para seu mestre e seguiu correndo para buscar as armas que ele deixou no quarto junto seu sobretudo tão branco quanto suas roupas atuais*