Honra em sangue.

Ergui as maos para o ar enquanto andava, não querendo criar mais confusão e atormentar o menino. Quando cheguei na parte de fora da nave, para analisar novamente o estrago, bufei e revirei os olhos. Liguei os mesmos auto falantes de antes.

¬ Se for falar mal de mim, ao menos saíam da minha nave? Não quero ser indelicada com o pedido de Batu e voltar mandar vocês para casa do car...

Interrompi minba fala ao lembrar que Miyano estava do meu lado. Dei um sorriso torto e murmurei um "foi mal".

¬ Certo, vamos logo com isso antes que esses dois realmenre me matem. De desgosto ou raiva. E então, acha que tem jeito?

Por estar de costas para Heylel, não estava acompanhando a diálogo dele com o Cody, e tampouco viu o albino mirando a arma em Celes. Se tivesse visto, ficaria extremamente decepcionado com Heylel e teria ainda mais um incentivo para sair de lá e ir à Gradopolis.

Mas, por sorte de ambos os lados, a criança não percebeu, seguindo Celes e inflando as bochechas quando percebeu que ela ia falar um palavreado, claramente repreendendo-a com o olhar.

Observou a nave, tentando inspecioná-la.

*Cody retornava com as coisas de Heylel que seguia conversando com Batu sobre coisas que não envolviam só necessariamente a Revolução, ele também o questionava sobre a Datsu, o que sabia e compartilhava o que sabia, afinal, em breve iriam trabalhar juntos em uma missão muito importante então comunicação era fundamental. Com a chegada do androide, a primeira coisa que o albino pegou foi seu sobretudo o colocando*

-Ue, auto-falantes? O que ela pensa que ta fazendo? *O Kroyvisiano seguia se vestindo e depois era só uma questão de ajeitar as mangas e a gola. Não gostava muito de vestir tanto branco, preferia o preto, mas naquele momento sabia que precisava de algo para chamar mais a atenção para si a desviando dos demais para evitar certas fadigas como quando lidou com o outro 14*

-Crianças brincando com seus brinquedos, apenas ignore, bem Batu, obrigado pela hospitalidade e voltaremos em breve, dentro de 9 horas, não se esqueça do planejamento, por favor. *Virou-se para seguir até a nave que lhe fora oferecia sendo acompanhado do sintético que dizia um "boa sorte" para o líder Okro antes de partir junto a seu mestre para Vumihe*

Spoiler:

Miyano pode perceber que o defeito é no propulsor traseiro do lado direito da espaçonave. A tecnologia que impulsiona a nave e permite que ela voe até mesmo no vácuo foi comprometida e, caso não seja reparada, será impossível que o veículo decolasse.

Ele foi detonado por um drone kamikaze, mas o poder do explosivo não é dos maiores. No final das contas, se Miyano tiver a proeza, nem precisará de materiais visto que uma correção no mecanismo já é suficiente para solucionar o problema.

Engenheiros da nave da Reconquista observam com curiosidade a jovem criança que se aventura pela tecnologia avançada daquela nave. É impressionante ver alguém daquela idade que conhece aeronáutica ao nível de consertar um propulsor.

Spoiler:

- Uh, acho que eu sei qual o problema, mas não sei se eu conseguiria resolvê-lo... Se eu não conseguir, talvez o Bob consiga. - Falou logo ao perceber o problema. Mesmo identificando-o, não havia garantia de que conseguiria resolver algo. - Mas, se eu não conseguir, talvez alguém daqui consiga, é um problema bem simples no propulsor traseiro.

Logo inspecionou mais de perto, cautelosamente usando as mãos.

¬ Tem certeza? Então você consegue! vou dar uma olhada geral na nave e ir arrumando as coisas. Se precisar de algo, me chame!

Gesticulei para o comunicador em minha orelha e o entregaria se ele precisasse já que podia me chamar pela minha manopla também. Assim que terminei, entrei novamente na nave, começando a por em ordem a ponte.

A nave emprestada pela base móvel da Reconquista em Tuntau é veloz, mas ainda precisa de algumas horas para alcançar o planeta-natal dos Okros. Ainda assim, a viagem não é monótona o tempo inteiro.

No painel tecnológico do veículo, que vinha sendo controlado pelo piloto automático, uma notificação aparece de maneira sutil. Uma chamada é requisitada diretamente para o IP do sistema central do veículo, e aparentemente é destinada a seu atual tripulante.

Não há endereço conhecido, apenas um código que parece estar escrito numa forma primitiva de escrita de Marmihn. Aquela grafia é somente utilizada atualmente pelos Jhayesianos, que se separaram do resto da raça enquanto aquele alfabeto ainda era utilizado.

*Voando de volta para Tuntau, Heylel ainda tinha duvidas de como responder a mensagem de Nelai e já havia respondido Ellora com algo direto que era de seu feitio como "Estou indo." e nada além disso, assim, ele tinha bastante pressa para chegar ao local e encontrar com as outras duas, porém, parece que sua viagem não seria algo simplesmente direto*

-Cody, que estão nossas armas? *Disse o albino se aproximando do androide que ia conferindo o rifle adquirido após a luta contra 14, ele parecia ter uma ligeira dificuldade nisso*

-Hmmm, essa tecnologia é bem primitiva embora eficiente então não to conseguindo saber mexer, mas acho que eu conheço alguém que pode dar um jeito nisso e também nas naves, é um velho amigo. *O Kroyvisiano ficou em duvida sobre que velho amigo Cody estava falando... Ele lá tinha amigos? Quem dirá velhos amigos, mas tudo bem, se ele estava falando provavelmente era verdade*

-Entendo, bem, e onde está esse amigo? Ainda temos algumas horas, acredito que da para encontra-lo para fazermos isso. *Estando de costas para o painel e frente a seu Familiar que verificava o que lhe fora pedido, foi o robo que viu aquela pequena mensagem chegando estranhando, afinal, normalmente quando era algo pessoal qualquer coisa chegava para ele e não para o veiculo, aquilo era um pouco estranho*

-Boss, parece que chegou uma mensagem para você, ali oh. *Moveu a cabeça sinalizando para o albino que virou-se e também estranhou, só que ainda assim seguiu. Chegando ali ele abriu a mensagem e tentou a ler, só que sem sucesso, apesar de ser meio-Jhayesiano por parte de mãe, ele não tinha criação ou até mesmo as vantagens e fraquezas dessa raça sendo considerado então praticamente um Kroyvisiano sangue puro embora seus traços denunciassem sua miscigenação como cabelos e pele albinos*

-Hmmmm, isso parece coisa de Jhayesiano, uma espécie de código decifrável, mas... Porque um deles iria entrar em contato justo com você, Boss? Será que é sua mãe ou alguém da sua família  da parte dela? *Devido seus altos conhecimentos, o sintético conseguia identificar as coisas só de olhar boa parte das vezes diferente de seu mestre que era quase que puramente ofensivo. Ele que ao estar exposto a chance de quem sabe poder encontrar sua mãe ou pelo menos seu paradeiro, acabou motivando-se a tentar entender aquilo e não apenas ignorar*

-Cody, tente decifrar ou pelo menos traduzir esse código para mim por gentileza? Se for algo da minha mãe, se ela não optou pelo meu chat pessoal ou pelo da Reconquista, deve ser por querer sigilo absoluto, eu creio.*Como já de costume, o capitão recebeu um "Aye Sir" seguido de um bater de continencia para si e agora este dava espaço para seu ajudante tentar ver o que diabos aquilo significava. Por não conseguir traduzir aquilo com sua memoria padrão, Cody apelou para seu sistema de decriptamento do qual super-aquecia sua mente o impedindo de usar aquilo como um recurso infinito que caso usado uma segunda a vez ao dia podia gerar sobrecarga*

ញុំបានមើលព្យុះ ដែលមានភាពស្រស់ស្អាតណាស់ ប៉ុន្តែគួរឲ្យខ្លាច

Aquele que convoca as estrelas chama agora por você.

A chamada continua sendo repetida por alguns segundos enquanto aguarda que o ciborgue a aceite. Ao mesmo tempo, a nave parece seguir um caminho sem interrupções até seu destino.

*Starcaller era Jhayesiano assim como sua mãe? Cody e Heylel se entreolharam quando aquele código era desbloqueado e agora ambos voltavam sua atenção para a tela onde, se houvesse alternativa ali, ele colocaria que sim, aceitava o chamado, se não houvesse e ele precisasse falar, diria em "voz alta" que sim, aceitava aquele chamado seja lá para onde ele fosse embora já mandasse uma mensagem para Batu o questionando se ele já havia feito o que fora pedido sobre os arquivos da Aliança de Tuntau repassados por Celes e inclusive pediu gentilmente para repassar os dados para si para que ele mesmo pudesse analisar também enquanto seguia viagem do qual iria descansar para repor seu EP*

— Você compreende, é alguém que eu sem dúvidas iria querer ter comigo. Nós precisamos de você. — Começa a voz rouca sem sequer se anunciar. — Todos precisam. Mas ainda lhe faltava algo.

A chamada é apenas de voz e não há qualquer imagem. São apenas Heylel e o líder da Datsu, interligados pelo painel de uma nave.

— Você ainda era você. Pelo tempo que lhe observei, vi tomar atitudes e ter incertezas conectadas com o seu próprio ego. Dessa vez foi diferente, Bryphis; você tomou a decisão que é melhor para o mundo e esqueceu tudo aquilo que ficava em seu caminho. Você agiu como um agente da mudança.

Sem que o ciborgue insira qualquer comando, um painel em HUD se abre e imagens são mostradas. Cenas retiradas diretamente dos noticiários de Gradopolis que mostram as explosões rápidas e mortais causadas pela Datsu. Esferas de calor que perfuram a atmosfera e reduzem a cinzas os maiores símbolos da política predatória da Aliança.

— Ser um de nós implica em deixar para trás o seu "eu" individual e fazer parte de uma só consciência a favor da mudança. É compreender que há coisas mais importantes pelas quais lutar, e participar de batalhas pelos mais fracos que não podem se defender. É sacrificar sua própria vida em prol de um futuro melhor para todos os outros. Você acha que pode ser parte disso?

*Ao aceitar aquele chamado a tela da nave abre uma chamada de voz do qual assusta Cody na mesma hora, já Heylel apesar de também surpreso se mantém sério achando que aquilo era apenas uma gravação, porém, ao ouvir sobre o "Lhe falta algo" se lembrou dos ditos de sua mãe, Syga, de seu mestre, Pirion, e de seu atual compatriota, Bastião, ou seja, aquilo não era apenas uma mensagem gravada, era de fato Starcaller falando consigo ao vivo e isso acabou fazendo sua feição mudar, não para algo agressivo e sim ainda ligeiramente incrédulo*

"-Ellaya..." *Pensou ao ver todas aquelas cenas de ataques terroristas que seguiam destruindo a soberania aliada, o albino pensava em sua velha amiga de infância que agora era uma das lideres, a elite maxima Kroyvisiana que agora ele lutava contra... Primeiro teve que ir contra Melroa, aquela que o salvou, depois contra Mora, aquela que o cuidou e agora contra Ellaya, aquela pelo qual se apaixonou a muitos anos atrás, sem duvidas aquelas escolhas de abandono seguiam extraindo coisas de sua alma, de seu ser ao ponto de agora, nesse momento, sua voz sair sem nenhuma carga de hesitação*

-Sim. *A resposta fazia as lembranças que tinha sobre aquelas 3 mulheres serem totalmente substituídas por imagens mais recentes como a luta em Tuntau onde arriscou sua vida, até mesmo na nave junto a seu sobrinho Wilhelm e muitos outros momentos como sua conversa com Bastião, naquele momento Heylel estava pronto para ser um verdadeiro Cavaleiro tal como seu padrinho, Z'entrax, restava apenas ele melhorar aquele ponto que lhe faltava do qual provavelmente associava a seus descontroles emocionais que seriam devidamente corrigidos dali em diante. Ainda receoso, o androide encarava seu mestre temendo o que ele poderia se tornar naquele momento*

*Com aquele silencio, Cody pensou que havia dado alguma merda, todavia, quando notou que o GPS da nave mudou e ela começou a diminuir para então manobrar "sozinha" rumo um novo curso, ele logo abraçou a cadeira ao seu lado demostrando um certo receio com aquilo tudo, simplesmente não curtia nada daquilo*

-Boss, sem mim e sem as meninas? Isso é loucura, você vai estar muito exposto! *Alertou o androide enquanto seu mestre apenas mandava mensagem para as outras avisando que provavelmente não iria chegar no prazo já conversado entre eles que era o de 9 horas*

-Ele também pelo visto, se ele estivesse armado ou com vigilância como Bastião em Vumihe, não ficaria com receio de exposição, e você é uma maquina do qual pode ser hackeada, então todo o cuidado é pouco, então não se preocupe, vai ficar tudo bem; irei dormir um pouco agora, sugiro que também descanse. *Não contava com aquela de teria que ver seu "novo líder" cara-a-cara tão cedo, poderia até mesmo ser uma emboscada, o que duvidava, afinal, quem em sã consciência faria algo do tipo? A Aliança? Se fossem teriam feito antes. Não pensou tanto nisso, apenas seguiu para descansar e recuperar suas energias e Cody o seguiu para também ter suas baterias renovadas*

Spoiler:

Esse amontoado de rochas que vaga pelo espaço é na realidade um planeta destruído de maneira misteriosa. Sabe-se através de registros dos Iormashianos que esse planeta já foi habitável, mas a raça ainda não tinha condições de explorá-lo antes de sua súbita mudança.

Com o seu campo magnético drasticamente enfraquecido e grande parte da sua atmosfera perdida, o que permanece intacto da superfície do T-340 é vulnerável à radiação cósmica. Isso tornou o solo incapaz de suportar a vida, embora seja uma fonte potencial de valioso Tarinium, um metal com diversas funções, algumas delas ainda estudadas. Não existe uma zona de pouso em T-340.

A nave hackeada percorre infinitos quilômetros numa órbita aparentemente infinita no planeta destruído, rodeando-o talvez mais de uma vez. Isso parece indicar que o endereço talvez esteja errado, mas só por alguns instantes.

Subitamente, ela mergulha em um rasante na direção dos detritos que formam o solo. Antes da colisão, uma pequena porta se abre e fecha na maior velocidade possível.

*Com o percurso feito, a movimentação mais bruta da nave despertou o albino que se levantou e seguiu para olhar pela janela notando que parecia estar perdido no meio do nada, porém, após alguns minutos ele percebe que está em um lugar totalmente diferente do qual se parece muito com a Sede dos Cavaleiros, um lugar inóspito onde supostamente não deveria haver mais vida, e mais, rico de um minério misterioso, sem duvida alguma, quanto mais sabia da Datsu, mais achava que ela e os Cavaleiros da Virtude tem uma forte ligação*

-Cody, como pedido pelo Starcaller, você terá que esperar aqui. *"Sim Boss", foi tudo o que ouviu de seu companheiro antes de sair. Ao por seus pés naquela base, Heylel era recebido pela dupla onde cada um parecia ser um complemento do outro e ao ter aquela ajoelhada frente a si, apenas estranhou sinalizando com as mãos pedindo ela com gestos para que cessasse*

-Pode se levantar, eu não gosto muito desse tipo de coisa... *Não gostava por ser algo comum de quando ele era um nobre Kroyvisiano cheio de criados onde um deles, ironicamente, era sua própria mãe que buscava manter o disfarce. Ao ouvir a voz do líder, a reconheceu de imediato e voltando seu olhar a ele pode ver todo aquele grupo reunindo, era realmente de se encher os olhos de puro fascínio*

-Eu agradeço a essa oportunidade, esse sempre foi o meu desejo, realmente irei dar o meu melhor por todos nós, mas... Se me permite perguntar, como sabe meu verdadeiro nome? Como sabe tanto sobre mim? *Naquele momento, o albino não usava mais aquela roupa branca que chamava tanta atenção, agora era mais discreto usando seu bom e velho uniforme preto cujo elmo permanecia junto a si debaixo de seu braço. Não havia necessidade para tal, a nanotecnologia o permitiria "invocar" o capacete com um mero pensamento, mas evitou o uso disso no momento para mostrar que estava ali de peito aberto e face a mostra*

*Aquela multidão se abrindo e a voz ecoando não mais como uma chamada em rádio fazia Heylel ficar um pouco desconcertado, não sabia muito o como reagir mesmo não sendo a primeira vez que ficava frente um figurão que ao mencionar sobre seus "amigos", logo supos quem eram... No fim ele estava certo, a Tropa e a Datsu faziam parte de um mesmo cerne*

"-Nanotecnologia? Será que o metal que compõem a nossa tecnologia é o mesmo dessa? Um minério de poder e história desconhecidos que exala puro mistério..." *Moveu seus dedos pertencentes a prótese que usava feita daquele material especial que nem ele mesmo tinha plena certeza do que era, apenas que era o suficiente para ajuda-lo em suas questões**

-Meu primeiro motivo, o que me trouxe a Reconquista foi a vontade de minha mãe em quebrar o muro que separa o povo Kroyvisiano entre burgueses e plebeus, eu não entendo porque ela, uma Jhayesiana se propôs a isso, mas foi ela que me ensinou a atirar para que eu pudesse derrubar meu primeiro alvo, meu primeiro Aliado abatido, meu próprio pai. *Lembrou-se daquele dia como se tivesse sido ontem ou a poucos segundos atrás, o dia onde armado de uma pistola simples ele atirou contra seu genitor sem hesitação alguma devido os ensinamentos de sua genitora que o fizeram acreditar que aquele homem era de fato um vilão que deveria ser destruido. Até hoje Heylel não sabe o destino certo dele embora saiba que muito provavelmente tal esteja vivo, afinal, ele viu dois mechas em Gradopolis e isso nada mais era do que um projeto, até então fracassado, de sua irmã mais velha*

*Na realidade ele não sabia bem o como se sentir sobre sua mãe e seu pai, afinal, por mais que seu pai o mimasse como seu filho favorito por mais que ele tivesse sido obra de um adultério com a criada disfarçada, ele era muito novo, até demais, então suas lembranças eram bem vagas, todavia, realmente as palavras e gestos de Starcaller o traziam certo conforto*

-Sim, é por isso que lutamos. *Era uma afirmação não só para aquele a sua frente, como também parasi mesmo. Com o afastar do lider, o albino seguiu parado refletindo sobre algo... Centurião, Sacerdotisa, aquilo eram como codinomes, então qual era o seu?*

-Bastião, Centurião, Sacerdotisa... Meus irmãos, senhor, qual será meu novo nome? *Perguntou antes que o outro se retirasse, queria saber se seguiria sendo chamado de "Forasteiro" ou teria algo mais haver com sua posição na Datsu, afinal, não era mais um mero individuo que estava apenas de passagem pelas retas que eventualmente cruzavam seu caminho com o daquela associação*

*Observando o líder seguir seu caminho de volta, Heylel ficou em silencio sobre aquele comentário que o deixou pensativo sobre quem ele era pelo senso comum já que atualmente as opiniões sobre si divergem bastante entre aqueles que concordam e discordam de sua conduta*

-Muito obrigado, senhor. *Então fez um cumprimento respeitoso ao outro do qual seguia em sua partida. Retomando, seu novo nome seria um titulo dado por aqueles ao qual protege e vai proteger, assim sendo, atualmente apenas Ellora, Nelai, Cody e Maya poderiam responde-lo, Miyano excluso dessa soma por ter optado por outro caminho do qual diverge do seu*

-Devo supor que apesar da sugestão de interagir com vocês, não seremos uma equipe daqui em diante, certo? *Voltou-se então para Centurião e a Sacerdotisa os visualizando com a devida atenção mantendo o mesmo clima de quando conversou com Bastião. Seu antebraço deu breves reações denunciando que o albino havia recebido mensagens dos quais se dispôs a ler*

-Tsc! *Fez um barulho com a boca denunciando uma ligeira irritação, agora tinha uma pequena noção do que os outros sentiam quando ele se mentia em perigos do qual são considerados desnecessários. Pensou em responder Ellora, mas talvez o som ou luz pudesse atrapalha-la levando em conta que teria que entrar no que entendeu ser uma caverna*

"-Como essa mulher tem acesso ao meu chat pessoal?" *Questionou ao ver a mensagem que fora enviada para Cody que por ser seu Familiar compartilhava a linha com seu mestre ao qual lia aquilo demonstrando ainda mais irritabilidade, por hora não respondendo e sim apenas matutando aquilo sobre quem diabos*

-Você não cansa de encher o saco não é mesmo? Bem, o quadro da Maya está pior, pelo diagnostico ela está em coma. *Então a voz do androide começou a ecoar e Heylel ficou apenas observando o que seu auxiliar estava respondendo, não que desconfiasse do que ele diria, se tal viraria a casaca, mas sempre era interessante ve-lo agindo devido sua eloquência*

-O que causou isso é um total mistério, ela não desperta faz 4 dias terráqueos então sua alimentação está sendo feita a partir de sondas, infelizmente ninguém conseguiu descobrir o que provocou isso já que em seu corpo não foi perceptível nenhuma anomalia, é como se ela estivesse dormindo e nada mais e isso é muito estranho... Descobriu algo dos arquivos que o Boss te passou? Por acaso você repassou as informações de Tuntau para Batu? É importante, sem isso eles vão ser massacrados pela Aliança já que a Gutaro caiu, a vida daqueles Okros está nas suas mãos, sem querer botar pressão nem nada, foi só para lembrar mesmo, você é meio cabeça-oca esquecida. *O Kroyvisiano deixava aquilo no viva-voz para tanto ele quanto a dupla a sua frente poderem escutar aquele dialogo, seja lá o que fosse ele seguiria acompanhando bem de perto*

A mulher indicada por Starcaller como a Sacerdotisa está parada em um dos cantos da gruta, sem chamar muita atenção. Suas mãos estão unidas e baixas, encostadas ao corpo, e seu semblante é completamente tranquilo e pacífico. Ela sorri suavemente com a pergunta de Heylel, mas antes que responda, Centurião chama a atenção para si.

Ele desencosta de alguns rochedos onde estava antes e se aproxima a passos largos, mas não acelerados, do albino enquanto o analisa. Seus braços estão cruzados e a expressão do homem indica que ele não está muito feliz. Na verdade, a pergunta parece tê-lo irritado só pela breve insinuação da possibilidade de trabalhar com o kroyvisiano. Ele para a alguns metros do jovem e o olha de cima.

— O que foi que você disse? Não seja ridículo, é claro que não somos uma equipe. — Bufa. — Eu jamais seria companheiro de alguém como você. — Ele rosna, com sua voz extremamente grave e rouca.

O sorriso da Mistimeriana se desfaz, mas o tratamento agressivo de seu colega não parece abalar nenhum pouco sua aura pacífica. Ela se aproxima apenas alguns passos de onde o conflito está acontecendo para interferir, erguendo ambas as mãos na frente do corpo para tentar acalmar os ânimos.

— Por favor, não devemos nos exaltar. Não somos superiores e nem inferiores a ninguém. Pelo contrário, somos todos iguais, e é exatamente assim que deve ser a vida. — Ela diz, a voz transmite uma profunda calma a todos ao seu redor, mas não parece afetar em nada o humor do réptil, que parece ainda mais irritado ao ver o novo membro usando seu technophone.

— Vou falar só uma vez, ouviu moleque? Ninguém nunca te falou que isso é uma puta falta de respeito? — Ele dá mais um passo, ficando mais próximo de Heylel. — Tá na hora de aprender, então. Larga essa porra de aparelho enquanto fala com a gente. — Agora ele parece realmente nervoso, como se o ato realmente lhe ofendesse.

Centurião:

Sacerdotisa:

*Distraindo ouvindo aquela conversa entre Celes e Cody, Heylel simplesmente ignorava o centurião e até mesmo a sacerdotisa até certo ponto onde aquele tetramando ficava próximo demais de si o fazendo subir o olhar para encara-lo*

-Perdão, disse alguma coisa? *Exalou um forte cinismo e desdém sinalizando que ele de fato ouviu o que lhe dito, porém simplesmente não deu a minima para o mesmo já que precisava manter sua calma em dia devido a falta de paciência ser aquilo que o falta que o mesmo fosse uma arma humana perfeita*

-Boss, problemas! *A voz do androide ecoou do aparelho de comunicação, nesse momento o albino percebeu que seu Familiar sabia que ele estava o ouvindo o tempo todo então provavelmente fez um devido ensaio através de sua "malandragem". O Kroyvisiano respondeu apenas com um "diga"*

-Apenas peço que siga forte, por favor, irei reproduzir o arquivo de texto em voz, apenas aguarde... *O capitão ficou em silencio e agora apenas a mensagem de Mora ecoava através da voz de Cody que simulava uma voz feminina de forma autentica graças a seus modificadores de áudio*


*Aquele texto escrito por Mora seguia sendo narrado pelo androide como se fosse ela mesmo falando e apesar de não ser a mesma voz, a essência era preservada a ponto de parecer de fato com ela. No viva voz, Bryphis podia sentir como se aquela mulher estivesse falando consigo depois de tanto tem sem poder falar uma sequer palavra... Aquela história, aquele conto, cada dito o fazia lembrar-se de sua vida de nobre ao lado de seu pai onde ele assistia sua mãe trabalhar como uma mera criada*

-Caso queira estar do outro lado do muro, caso queira ter a chance de sair dos campos para ter uma vida um pouco mais digna, é necessário estar pronto para ser o escravo particular de algum burgues. *Foi o que sua mãe o disse em algum dia em um verão onde ele desfrutava das comidas de um piquenique formado por ela a mando de seu pai que era dono dela e casado com outra. Daquele dia em diante aquele garoto firmou em sua mente pelo o que deveria lutar e por muito tempo seu ideal foi compartilhado com aquela loira embora ambos seguissem caminhos diferentes*

-Eu sinto muito, Boss... *Ecoou a voz de seu Familiar no final daquela mensagem em seu timbre costumeiro tomado pelo luto. Agora apenas o vídeo daquela morte seguia rodando e com ele as memorias do passado daquele homem que olhava para o HUD aberto totalmente paralisado, ou quase, suas pupilas tremiam bastante*

-Vocês só me dão problema... *Riu com voz tremula, a respiração pesava e os olhos marejavam antes de fecharem e deixarem as lagrimas caírem. O palmo foi ao rosto o cobrindo em grande parte e o até então inflexível e forte revolucionário simplesmente perdia suas forças caindo de joelhos no chão onde deixou boa parte de sua dor acumulada escapar em forma de um grito estridente que exalava o mais puro e genuíno sofrimento*