Cuidando dos negócios.

Decepcionante. Foi o que pensara quando as portas do elevador finalmente se abriram, era tanta luminosidade diante de si que poderia a deixar cega, um branco sem fim e quase nada, não era o que esperava de um prédio luxuoso como aquele e tanta... tecnologia.
Após ignorar o sorriso bobo, apenas se pôs a andar até o final do corredor, acompanhada pela voz de origem desconhecida e sentar-se ao lado de Willie, de braços cruzados, assim como as pernas.
Seus olhos fitavam diretamente a origem da voz por trás do computador, que em certo momento tentou lhe provocar e apenas foi ignorado.
— Stellae. — Corrigiu, após assentir com a cabeça, mantendo o semblante sério de sempre.

— É isso mesmo. — Ele se reposiciona na cadeira conforme o holograma de robô ao seu lado rotaciona, mostrando a tecnologia de ponta que o compõe. — Quero que vocês dois trabalhem juntos para criar coisas como essa que a mãe de Wilhelm usou, um "mecha". Eu te vi trabalhando, Christopher, e você é bom. Além de eu prometer por contrato que não haverão mais disputas judiciais entre nós, vocês dois recebem o investimento para fazerem milagres da robóticas que apenas vocês conseguiriam. E enquanto isso, podem contar com a proteção da garota que viralizou por bater num guarda, afinal o mundo corporativo pode ser perigoso as vezes.

Ele puxa de uma das gavetas de sua escrivaninha um pequeno dispositivo de formato circular, conhecido por arquivar informações sobre negociações e contratos. Ele é um gravador e identificador de digitais para que ambas as funções agreguem a validação de um negócio.

— Militar? Exploração? Meu interesse é meramente comercial, garoto. Não me importa o que eles fazem e sim o quão eficientes são naquilo.

Mesmo com a tentativa de trazer humor à conversa por parte de Wilhelm, Christopher não mudava a carranca. Apesar de ser um homem brincalhão, aquele encontro estava dando em seus nervos só de pensar que estava de mãos atadas.
Recebendo as imagens de projetos no celular, descruzou os braços puxando-o do bolso do casaco, visualizando as imagens durante a conversa. De fato pareciam boas ideias que, de fato, se encaixavam em algumas ideias para o futuro. De um momento para o outro teve um brainstorm que praticamente revelou alguns caminhos para tirar proveito daquilo tudo.

— Você é bom, garoto...

Murmurou em meio aos pensamentos e algumas palavras do empresário. Guardou o celular novamente no bolso, olhou para o negrão e desta vez não cruzou os braços, repousou-os sobre as próprias coxas.

— Você sabe muito bem, Kwame... — Num breve movimento da cervical seu pescoço estalou. — Não posso fazer para você qualquer coisa que seja uma arma. Você venderá essa merda toda para a federação e minha causa irá por água a baixo. — Sua voz era firme e mostrava a obviedade falha na ideia de trabalhar nos mechas. — Eu quero colocar um ou outro termo que me favoreça nessa sua chantagem, ou simplesmente seria menos pior começar uma guerra comercial com você.

O africano não mostra muita reação no momento em que Christopher o responde, mas aos poucos o engenheiro pode observar um sorriso malicioso formar-se em seu rosto. Aquela era a primeira vez que alguém tentava impor os próprios termos naquele círculo de negociações, e um dos poucos que não se sentiu totalmente encurralado pelos movimentos bem pensados do empresário.

Um calor origina-se de repente. Não é algo da sala e nem mesmo ambiental, tampouco parece ser físico. É como se tudo estivesse quente, mesmo dentro do corpo de cada um. E essa temperatura ilusória só tende a aumentar conforme Kwame retira os olhos da tela e os move lentamente até Christopher.

— Irei vender para quem quiser comprar, Christopher. Só não se esqueça de que você estará munido do mesmo armamento, o que torna tudo isso justo. Talvez os detenha antes mesmo de seus adversários. — Conforme fala, Kwame ajeita sua portura e estrala os dedos marcados por anéis grossos. — Uma guerra não deve ser vencida por quem tem armamentos melhores e sim por quem melhor os sabe utilizar. Mas diga-me seus termos; uma negociação não há de ser unilateral.

Finalmente aquilo parecia estar entrando nos eixo que Christopher queria, homens falando de seus interesses e tentando enganar um ao outro para terem suas vontades atendidas. Apesar de tudo não dava para enganar o próprio corpo, quando os olhares se cruzaram, além do calor, o estômago embrulhou fazendo-o contorcer levemente as sobrancelhas sem desviar o olhar, mantendo sua postura.

— Não adianta usar um jargão bacana como: "Uma guerra não deve ser vencida por quem tem armamentos melhores e sim por quem melhor os sabe utilizar.". Nós dois sabemos que, independente de qualquer coisa, quem tem dinheiro tem a vantagem em qualquer coisa. — Com uma breve pausa para tomar fôlego, Chris voltou a cruzar os braços. — No momento que você, uma pessoa com recursos praticamente ilimitados, tiver uma mercadoria inovadora se tornará predador de qualquer concorrência e terá o monopólio do mercado. Seus ganhos serão incalculáveis!

Ficava bem claro a quantidade de rodeios que o rapaz fazia para chegar onde realmente queria, porém, como um bom negociador, Kwame já estaria acostumado com esse tipo de coisa. Por fim a voz engrossou suavemente para dizer sua vontade.

— Quero que me compense as duas fábricas fechadas no México. Me dê outras duas em Detroit com alvarás de produção de maquinário, totalmente legalizadas e limpas para que eu não tenha problemas de inspeção.

Chris sabia bem que aquilo não seria complicado e, apesar de relativamente caro, Kwame teria o retorno do dinheiro logo no primeiro mecha, provavelmente.

Kwame novamente se surpreende com a ousadia de seu convidado, mas se sente especialmente intrigado com suas ações. Fazia tempo que alguém não se deixava intimidar pela aura poderosa do africano, e receber alguém tão audaz o fazia sair do modo automático no qual vinha vivendo nos últimos tempos.

Com suas habilidades, poderia facilmente obrigar Christopher a assinar um contrato, mas aquilo não teria graça. Chegou a um nível na vida que não precisava mais desse tipo de recurso para conseguir o que queria, uma vez que já aprendera como sair por cima em qualquer tipo de acordo financeiro.

— Hm... muito bem, vou impor minha última condição. Eu então ficarei com os estabelecimentos no México e comprarei dois em Detroit para servir como sede de sua resistência, contanto que eu fique com 30% dos dois como sócio-fantasma. Além disso, terá que abrigar Wilhelm e Stellae em um deles pois quero que duas pessoas de interesses distintos trabalhem nesse projeto. Dessa maneira, ele não será destinado especificamente a nenhum dos dois. O que me dizem? Amëlie pode ficar zangada com vocês ao descobrir que passaram a perna nela, e vocês terão a minha proteção se mudarem-se para a Terra.

Na sua última pergunta, ele vira-se para o casal. Sabia que era uma proposta difícil, mas que poderia trazer frutos para os dois.

— Quem passou a perna nela foi você. — Foi o que disse. Apesar de internamente nervoso, os únicos sinais daquele sentimento eram uma pequena gotícula de suor que escorria pela sua bochecha. O rosto manteve-se inexpressivo. — Eu estou simplesmente...

Cuidando dos negócios.

Da família. Para ela não falir nem algo do tipo. — Aquelas palavras pareciam ser mais para assegurar Wilhelm do que explicar ao homem. Apesar de tudo, aquele garoto faria o necessário para que aquela empresa bancasse tudo o que fosse possível.

Sua mãe não sairia perdendo nem um pouco daquilo, uma vez que estaria mais que disposto de enviar à ela metade dos mechas que receberia. O ciborgue não tinha nenhuma real intenção como empreendedor; seu único objetivo ali era criar sua coleção de mechas para pilotá-los.

Kwame decide não provocar muito o garoto. Ele não parece expressar muitos sentimentos, visto que desde que entrou não alterou muito seu semblante. A negociação vinha bem e não queria mais insistir em nenhum tipo de termo, uma vez que já sabia como tornar tudo aquilo benéfico para si.

Vagarosamente ele apanha o dispositivo já mostrado anteriormente - uma pequena máquina conhecida por registrar contratos falados através de um gravador de áudio e de um registrador de impressão digital.

— Muito bem. Preciso que digam formalmente que aceitam os três esses termos estabelecidos e pressionem o indicador sobre o espaço demarcado. Depois disse estão livres para ir e possivelmente se conhecer melhor, visto que são sócios nesse projeto.

Era meio ridículo pedir para Chris concordar com um contrato de valor jurídico. Contudo o rapaz de fato não gostaria de se envolver com ações legais no futuro, então descruzou os braços, puxou seu celular e ativou também um aplicativo de gravador contratual, posicionando perto do gravador de Kwame.

— Reproduza ele só para eu deixar registrado também e ter certeza de que não estão registradas apenas partes que te interessam.

Apertou o botão de start do aplicativo logo em seguida.

Stellae permaneceu de braços cruzados, ainda fuzilando o empresário com o olhar inexpressivo e atenta à cada uma de suas palavras, assim como as dos garotos, que pareciam disputar com as propostas, e pensava consigo no que chegariam. Mesmo com tudo o que foi dito pelo homem, não conseguia confiar inteiramente em suas palavras, e há tempos que não ficara diante de uma decisão tão... "complicada". O calor lhe subiu e uma gotícula de suor escorreu de sua testa, assim como suas mãos ficaram trêmulas, e no momento, agarrou as de Willie.
De qualquer forma, em todas as situações sua escolha sempre fora ficar do lado do garoto, qualquer que fossem elas, mesmo que a Terra lhe trouxesse à tona lembranças ruins.
— Se Wilhelm aceitar, eu também aceito.

Iria prontamente aceitar o contrato naquele mesmo momento, até que Christopher acabou por lhe interromper e abrir um bom ponto. Acabou por ouvir com atenção o que foi gravado e aguardar para que o outro engenheiro recordasse corretamente o acordo.

Percebeu que Stellae estava um pouco nervosa. Tentou acalmá-la com um breve afago na cabeça. Sabia que ela tinha problemas em permanecer no planeta Terra, mas felizmente não seria por muito tempo.

— Está bem. Aceito. — Proferiu antes de registrar sua impressão digital.

— Aceito estes termos.

Após ter registrado o evento em áudio e vídeo, colocou sua impressão digital no local destinado. Aguardou sentado o encerramento por parte do "anfitrião".

Com um singelo sorriso de satisfação, Kwame fecha seu dispositivo e o guarda em sua escrivaninha. No apertar de um botão em sua mesa, o elevador uma vez mais sobe até o andar onde estão e abre suas portas após o vasto corredor luminoso.

— Foi ótimo fazer negócio com vocês. Nos contataremos novamente. — Ele diz enquanto estrala seu pescoço e reúne novamente seus pertences. — Por hora, sugiro que decidam os termos de sua própria parceria que é alheia a que têm comigo.

Ele não diz mais nada. Simplesmente levanta-se, ajeita o terno e caminha até uma porta traseira com o contrato digital em mãos. Também teria um relatório para fazer.

Já fora da sala de Kwame, Wilhelm tinha fechado um bom negócio. Ao menos era o que ele pensava. Estava brevemente ansioo com aqueles acordos, uma vez que teria de permanecer no planeta Terra. Não era tecnicamente um problema para o garoto, mas certamente seria um problema para a sua amada. Ainda não tinha certeza se ela estaria confortável o suficiente para poder continuar no lar dos terráqueos. Recordando-se dela, acabou apertando a mão atada à de Stellae com leveza, e lançando-lhe um olhar confortante.

Olhando para Christopher, mais algumas dúvidas passavam a brotar em sua mente. Quem era aquele homem, e qual a relação dele com a empresa charlatona?

— E-então... — Falou baixo. Procurava puxar assunto de alguma maneira — o que é que você faz? O clima no escritório estava meio... apertado. Não gosta dele também? — Continuou a caminhar para fora daquele prédio. Gostaria de ter suas armas de volta.

Depois de recuperar seus pertences na saída, pegou o celular e pediu um uber do futuro. Agora deveria esperar uma ligação informando a aquisição das duas novas empresas, então não tinha exatamente planos para os próximos dias, a não ser hospedar os estranhos e esperar o tempo passar.
Já do lado de fora, com seus pertences e esperando o veículo, virou para Wilhelm estendendo sua mão direita para um aperto. A expressão parecia mais amigável agora e disposta a uma aproximação.

— Não nos apresentamos direito mais cedo. Sou Christopher Parker Thompson, líder da resistência no estado de Detroit. Sou também um cara que constrói e conserta coisas, aliás.

Esperava ter o aperto correspondido e uma breve apresentação por parte do garoto.

O dia de trabalho, apesar de ser um compromisso para a maior parte ali, carrega apenas esperanças e alegria. Sob o comando de Christopher, trabalhadores empenham-se em tornar realidade um projeto de tanto tempo que provavelmente arrecadará muitos fundos para seu ideal.

Um som estranho para todos é ouvido a partir do escritório do líder daquela fábrica: o som de um walkie talkie sendo convocado para uma conversa. Bipes incessantes ecoam pela sala e fazem com que tudo fique silencioso enquanto o grupo tenta decifrar que tipo de tecnologia emitiria aquele barulho.

Olívia não contatava Christopher desde o dia em que discutiram o fim da negociação com Kwame. Apesar de achar o ato controverso, agradeceu e felicitou o engenheiro por defender o Novo México. A julgar pela quantidade de vezes que o chama a atenção através do aparelho, porém, ela parece apressada para conversar de novo.

Ouvindo o som ecoar de sua sala, virou suavemente os olhos naquela direção mantendo-se parado por um breve momento até perceber que se tratava de seu walkie talkie. Descruzou os braços e posicionou os óculos em cima da cabeça ao andar, acenando com a mão para os trabalhadores.

— Tudo bem pessoal, é meu novo toque de celular que está meio alto. — Disse em um tom risonho, sempre transparecendo amabilidade com seus "irmãos". — Podem continuar o trabalho, volto logo.

Christopher não era nenhum bobo. Há alguns dias já havia pesquisado em livros sobre aquele aparelho rudimentar que lhe fora entregue para comunicação, sabia que se tratava de ondas eletromagnéticas transmitidas na frequência determinada pelos aparelhos, então deixou na mesma estação em que recebeu. Todos os dias verificava sua sala para ter certeza de que não estava sendo espionado de novo, então tinha noção de que ao menos lá dentro era um lugar seguro para conversar.
Entrando no espaço fechado, fechou as persianas e pegou o aparelho que estava no mesmo cofre em que chegou.


— Olivia? — Indagou num tom de voz retraído para que não vazasse. — Christopher falando.

— Christopher, corazón, é bom saber que ainda se lembra de mim. Poderia dizer agora o que diabos está fazendo?! — Ela não poupa volume em sua exclamação. — Eu me lembro de usted haciendo robôs mas não me disse que vendría esta mierda para los hombres que quieren matarnos!

O exagero da latina pode ser ouvido do lado de fora, fazendo muitos que passam por perto teorizar o que diabos poderia estar acontecendo.

— O chefe é casado?

— Não, nunca vi ele com uma mulher. Deve ser a mãe dele.

— E a mãe dele fala espanhol por que, porra?

— Sei lá, não fico stalkeando meu chefe maluco. Pode ser droga também. - sempre que é do México é droga.

Era quase impossível deixar a orelha colada na saída de som com ela falando daquele jeito. Chegou a desaproximar o rosto e o aparelho expressando uma clara cara de cu por ter que ouvir gritos. Apesar de tudo entendia bem a exaltação da mexicana, a final não lhe havia explicado nada. Baixou o volume e então voltou a falar.

— Calma aí, mamasita, deixa eu explicar... Kwame me botou contra a parede, tive que tomar decisões difíceis. Há coisas que não se pode explicar por uma ligação, mas em suma: ele já tinha outra pessoa que poderia coordenar a construção de máquinas. Comigo aqui ou não, eles estariam construindo essa merda toda. Tudo o que fiz foi arranjar uma forma de tirarmos proveito da situação.

Suspirou, ainda pressionando o botão de fala do walkie talkie.

— Devem haver muitos lideres locais que, assim como você, estão fulos comigo. Vou escrever uma carta para todos hoje mesmo a fim de explicar a situação.

Christopher pode ouvir um suspiro pesado seguido de uma inquietação do outro lado da linha. Olívia, por mais que não esteja no mesmo patamar de Christopher, é uma boa empreendedora e se dá bem em seu ramo.

— Escute, eles têm mais dinheiro e poder do que nós. Se você vender um, vão ter conhecimento suficiente para construir centenas e pipocar a gente de bala. — Seu tom agressivo dá lugar a súplica e angústia. — Eu sei que isso pode te dar prejuízo, mas tenho que pedir para que não venda essa merda.

Do lado de fora, trabalhadores se empenham numa grande linha de montagem. Por mais que Christopher tenha recebido investimento para montar a fábrica, porém, Kwame agora é seu sócio e poderia não responder bem a um cancelamento do negócio. Além disso, Wilhelm detém as mesmas propriedades que o líder da resistência.

— Eu soube que as resistências asiáticas estão cedendo e é uma questão de tempo até que nossos nomes sejam citados. Já está difícil o suficiente.

Era difícil para o rapaz sentir o desespero da mexicana e não poder dizer o que realmente planejava. Tentava passar o máximo de confiança possível através de sua voz.

— Eu já te disse, Kwame encontrou outro homem capaz de construir os robôs e ele sequer é da terra. Sabe o que isso significa? Que ele não vai dar meia foda na hora de entregar um protótipo de robô para guerra na mão daquele africano doido por dinheiro. — Com uma breve pausa dramática, Christopher voltou a falar.— Confie em mim quando digo que tenho planos e, se eles derem certo, estaremos a um passo de destituir os malditos políticos. Tudo que construímos iria por água abaixo num piscar de olhos se eu não me submetesse a isso já que só Deus sabe o que ele fará com o protótipo.

Conforme conversavam, Chris caminhava pela sala de um lado para outro com uma santa ansiosidade.

— As máquinas serão todas exportadas a preço de atacado para as sedes da nossa resistência, então você não ficará de mãos atadas contra o governo. Darei condições para todos lutarem.

Sem dúvidas, Olívia está inquieta. Os passos furiosos de seus saltos altos podem ser ouvidos como se Christopher estivesse lá ainda que o áudio de um walkie-talkie não seja tão bom assim. Ao final de um aparente chilique que é inaudível já que ela deixa de pressionar o botão que permite sua voz ser ouvida, ela retorna um pouco mais calma.

— Ave, ave, ave, hombre. Tudo bem, só... fique bem aí. Você é muito corajoso de se arriscar assim sozinho. — Seu tom parece mais terno, revelando que há também uma mulher sensível por baixo daquela máscara de femme fatale. — Lembre-se que pode me ligar se precisar de ajuda. Ou de carinho.

A conexão é então interrompida conforme ela desliga a linha, tentando controlar os próprios ânimos. Do lado de fora, os funcionários aguardam Christopher para que o lançamento do produto seja enfim realizado. É um movimento arriscado por parte do líder local, mas sem dúvidas é o mais ousado que a resistência já fez.